Operação desarticula quadrilha especializada em golpe do novo número, em Goiânia

Na tarde da última terça-feira (28) e na manhã do dia seguinte, a Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais – GREF/DEIC, cumpriu um mandando de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão contra suspeitos de uma associação criminosa especializada na prática do crime de estelionatos na modalidade eletrônica.

A Operação Ápice deu início após a prisão em flagrante de duas mulheres pelo crime de prática de estelionato contra uma idosa e o irmão de uma delegado da polícia. Ambos foram vítimas do Golpe do Novo Número, sendo capturadas as beneficiárias do valores obtidos de forma fraudulenta.

Associação criminosa especialista no crime

A partir dessas prisões, agentes policiais aprofundaram nas investigações e identificaram uma associação criminosa especialista nesse tipo de crime. Em julho desde ano, um integrante do grupo foi identificado como responsável por cooptar os fornecedores das contas bancárias e preso pelo delito em flagrante junto com outros 3 suspeitos, pela prática de estelionato com o mesmo modus operandi.

Com essas prisões, foram possível identificar mais dois suspeitos de integrarem o grupo, juntamente com comparsas responsáveis por entrar em contato com as vítimas e solicitarem as transferências, se passando como um parente que precisava realizar uma transferência bancária.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do investigado, que é monitorado por tornozeleira eletrônica. Lá foram encontrados cartões bancários de integrantes do grupo, caderno de anotações com valores e dados de vítimas, e um aparado feito de papel alumínio feito para tentar inibir o sinal da tornozeleira.

 

Os pertences foram encontrados na casa de um dos suspeitos, que utilizava tornozeleira eletrônica. Foto: Reprodução/PC

Além das prisões, também foram deferidos a Justiça o bloqueio de contas bancárias, sequestro de valores e de um veículo.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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