UTI do Hugo é interditada após sete casos de superbactérias

As superbactérias encontradas são do tipo acinetobacter e KPC, que são resistentes à maior parte dos antibióticos para tratamento

Sete casos de contaminação da superbactérias em pacientes fez uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), ser interditada. Os pacientes foram removidos do local e estão estáveis, de acordo com a direção da unidade.

Segundo um documento do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do hospital, as bactérias encontradas são do tipo acinetobacter e KPC, que são resistentes à maior parte dos antibióticos.

O documento do Serviço de Controle de Infecção é da segunda-feira passada (27), quando a unidade foi fechada para uma desinfecção quartenário de amônio. No domingo (3), em nota, a direção informou que o procedimento de limpeza foi concluído na sexta-feira (1º).

A UTI foi isolada para evitar que as superbactérias se espalhassem por outras áreas da unidade de saúde.

Provável surto

Segundo a SCI, essa quantidade de casos caracteriza um provável surto e transmissão cruzada. O órgão relata ainda que as bactérias possuem um elevado risco de morte e transmissão, além de ficar seis meses em superfícies.

De acordo com o Hugo, todos os pacientes tratados na unidade estão estáveis, inclusive, alguns receberam alta da UTI e seguem o tratamento para o qual foram internados.

A equipe infectologia vai avaliar sobre o final da quarentena, nesta segunda (4). Até o final desta avaliação, não são admitidos novos pacientes.

Em nota o HUGO informou: 

“O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz sobre demanda apresentada, informa o seguinte:

– A desinfecção terminal foi concluída na sexta-feira com sucesso;

– Os pacientes estão estáveis, inclusive com alguns recebendo alta da UTI e seguindo o tratamento para o qual foram internados;

– Nessa segunda-feira a equipe de infectologia, em conjunto com outras áreas e a direção técnica vai avaliar sobre o final da quarentena. Até que isso ocorra não são admitidos novos pacientes.”

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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