Rio de Janeiro: Neonazista é preso suspeito por abusar de criança de 12 anos

coleção de roupas neonazistas encontradas na casa do suspeito

Nesta terça-feira (5), a Polícia da 42 DP, da Zona Oeste do Rio de Janeiro, prenderam um homem acusado de abusar sexualmente de um menino de 12 anos. A denúncia foi feita pelo pai do garoto, vizinho de condomínio do suspeito. Ele registrou denúncia na polícia após o suspeito ter importunado seu filho. O suspeito possuía identificações neonazista.

Ao chegar na residência de Aylson Proença Doyle Linhares, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, os agentes encontraram um vasto material nazista, com bandeiras, uniformes, carteira de partido neonazista com a foto dele, além de armas e munição.

Agarrava crianças no condomínio

A partir da denúncia, os policiais apuraram que o suspeito tentava agarrar crianças dentro do condomínio. Com base nas informações um mandando de prisão temporária foi liberado pela Justiça do Rio contra Doyle, por tentativa de estupro e um mandado de busca e apreensão, ambos cumpridos na última terça.

Na casa, havia pelo menos 12 fardas nazistas originais, nove armas, entre pistolas, revólveres e fuzis, bandeiras nazistas, um quadro com foto de Adolf Hitler e um documento onde o acusado aparecia vestindo uma farda da SS e a ”patente” de general.

Em virtude aos materiais encontrados na casa, o suspeito será autuado em flagrante por porte ilegal de arma e discriminação racial.

Outros neonazistas

Esse ano o Diário do Estado publicou reportagem que mostrava um adolescente de 16 anos que foi apreendido por planejar um massacre em uma escola da capital disse que era “brincadeira” e que não tinha intenção de matar ninguém. No entanto, ele admitiu que confia mais em pessoas brancas e confessou ser “racista” e “fã da doutrina neonazista”.

O jovem tinha cadernos com suásticas, com um desenho de Hitler e com frases de apologia ao nazismo. No telefone dele havia mensagens em que demonstrava entusiasmo pela eugenia (teoria da purificação de raças, um dos pilares do regime nazista).

Embora o jovem tenha negado que planejava atacar a escola, a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Marcella Orçai, abriu Boletim de Ocorrência Circunstanciado e encaminhou o menor à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Na DPCA, segue a investigação para que encontrem outros eventuais suspeitos de praticar os crimes de racismo e terrorismo.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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