Polícia prende ex-superintendente da SMT, em Formosa com armas e munições

Nessa quarta-feira (06), a Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão e realizou a prisão preventiva do ex-superintendente Municipal de Trânsito e de sua assessora. Foram apreendidas três armas de fogo, sendo uma espingarda calibre .22, uma espingarda calibre .26 e uma espingarda calibre .12, além de diversas munições.

A equipe do Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) cumpriu os mandados de busca e apreensão no Assentamento Santa Maria, em São João D´Aliança, no interior goiano. As investigações tem por finalidade angariar maiores elementos informativos para concluir a apuração do crime de corrupção passiva envolvendo a Superintendência Municipal de Trânsito de Formosa.

Ex-superintendente de Trânsito de Formosa é preso por corrupção passiva (Foto: Polícia Civil de Goiás)

De acordo com o delegado regional de Formosa, José Antônio Sena “o então Superintendente, mediante cobrança de vantagem indevida, autorizava a liberação, sem respaldo legal para isso, de veículos apreendidos”, diz. Ou seja, os veículos apreendidos por irregularidades administrativas eram liberados mediante o pagamento de valores elevados sem passar por vistorias.

Além das prisões, várias residências foram objetos de busca e apreensão. Segundo o delegado, o objetivo é de que as investigações sejam concluídas o mais rápido possível.

Entenda como funcionava o esquema

O veículo que era abordado em uma atividade de rotina e tinha alguma pendência administrativa, era apreendido em uma barreira. Então, era conduzido por um guincho até o pátio da SMT. Pela lei esses veículos só podem voltar às ruas caso regularizassem sua situação.

Ao chegar no pátio da SMT, servidores cobravam do proprietário um valor acima da média para que pudesse ser liberado sem a necessidade de regularização. Ainda, segundo o delegado, havia também um esquema de “rachadinha” envolvendo o guincho “o contratado (guincho) tinha que deixar uma parte desse dinheiro para os servidores do órgão”, informa.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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