Bolsonaro afirmou que não tomará vacina, quebrando a promessa que apenas seria vacinado quando o último brasileiro fosse imunizado. A informação foi revelada pelo próprio presidente em entrevista a rádio Jovem Pan, nesta terça (12).
”No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para que vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí” disse Bolsonaro.
O presidente afirmou, na entrevista, que não é contra a vacina e justificou que, em dezembro do ano passado, assinou uma medida provisória liberado R$ 20 bilhões para aquisição dos imunizantes. Para o presidente, existe uma ”sanha” para que se compre mais vacinas e insinua que empresas impulsionam essa exigência.
”Essa sanha de comprar vacina. Não sou contra a vacina tanto que só em dezembro do ano passado assinei uma medida provisória de R$ 20 bi para comprar a vacina e hoje em dia praticamente todo mundo já tomou pelo menos a primeira dose. Agora, exigir a vacina, parece que cheira o mercado isso daí. Para mim, liberdade acima de tudo. Se o cidadão não quer tomar a vacina é um direito dele e ponto final’‘ afirmou.
Impedido de ir no jogo do Santos
Durante sua viagem ao litoral de São Paulo, Bolsonaro foi impedido de ir ao jogo do Santos pelo Campeonato Brasileiro após não apresentar comprovante de vacinação. O presidente ainda criticou a exigência dos comprovantes.
‘‘Por que cartão, passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos. Agora me falaram que tem que estar vacinando. Por que isso? Eu tenho mais anticorpos de que quem tomou a vacina”, reclamou o presidente.
Nas últimas semanas, o presidente tem criticado a proposta do ”passaporte da vacina”, que determina a apresentação da carteira de vacinação para que se frequente alguns lugares. Cidades como o Rio de Janeiro já estão usando esse método para lugares fechados.