A entrega da obra de uma parte do BRT Norte-Sul teve que ser suspensa, na manhã desta sexta-feira (15). O motivo foi um rebaixamento na cabeceira do viaduto que está sendo construído no cruzamento das avenidas Goiás Norte e Perimetral Norte.
A princípio, o lançamento da obra deveria ocorrer no aniversário de Goiânia, em 24 de outubro, o que não será mais possível.
Conforme nota da Prefeitura de Goiânia, o rebaixamento observado gerou alterações no calendário e ainda não há previsão de entrega. A partir de agora, será preciso aguardar o estabelecimento de um novo cronograma para, então, definir uma nova data de lançamento para a obra.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a decisão de suspender a entrega veio depois do último feriado, 12 de outubro.
Segurança do BRT
De acordo com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), a inauguração só irá ocorrer “quando houver total segurança para a população e a plena condição de operação.”
Durante a manhã, o prefeito fez uma visita de vistoria ao local, na companha de secretários. Em seu Instagram, ele fez uma postagem falando sobre o episódio. O texto reforçou a importância da segurança para os usuários, antes da liberação do funcionamento do BRT.
O prefeito determinou à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) que realize um levantamento técnico para identificar e solucionar a questão.
Segundo análise do engenheiro Henrique Teixeira, o rebaixamento do encabeçamento do viaduto ocorreu devido ao recalque do solo existente ou problema na compactação do material do encabeçamento.
“Ambos os problemas, são falhas de execução. É requisito básico a realização de sondagem do solo antes ainda da concepção do projeto. Com essa sondagem, já é possível determinar o tipo de solo e assim adotarem o método mais adequado para a realização do aterro e compactação do encabeçamento”, complementa Henrique.
Henrique também alega que como a detecção do problema ocorreu ainda na fase de obra, não existe risco iminente para os usuários que trafegam na região.
“A obra não pode ser inaugurada dessa forma pois se liberar para o tráfego de veículos, o problema tende a aumentar e aí sim, apresentaria risco ao usuário”, conclui Teixeira.