CPI da Covid: Relatório final indiciará 53 pessoas

O relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), da CPI da Covid, pretende indiciar até 53 pessoas, de acordo com O Antagonista. Dentre os crimes listados estão: crime de pandemia, infração de medida sanitária, emprego irregular de dinheiro público, falsificação de documentos, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de responsabilidade.

Jair Bolsonaro, sozinho, será indiciado por 11 crimes. Dentre eles, o de homicídio comissivo. A lista preliminar foi apresentada a alguns senadores e está sujeita a alterações.

Confira a lista

  1. Jair Bolsonaro
  2. Senador Flávio Bolsonaro
  3. Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
  4. Vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ)
  5. Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
  6. Ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni
  7. Ministro da Defesa (e ex-ministro da Casa Civil), Walter Braga Netto
  8. Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)
  9. Deputado federal Osmar Terra (MDB-RS)
  10. Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ)
  11. Deputada federal Bia Kicis (PSL-DF)
  12. Deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)
  13. Deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ)
  14. Deputado federal General Girão (PSL-RN)
  15. Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello
  16. Ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo
  17. Ex-ministro de Comunicações Fábio Wanjgarten
  18. Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho no Ministério da Saúde
  19. Regina Célia de Oliveira, fiscal do contrato da Covaxin
  20. Ex-secretário executivo da Saúde Elcio Franco
  21. Ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias
  22. Ex-diretor da Anvisa José Ricardo Santana
  23. Marcelo Augusto Xavier da Silva, presidente da Funai
  24. Robson Santos da Silva, secretário especial de saúde indígena
  25. Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência
  26. Médica Nise Yamaguchi
  27. Virologista Paolo Zanoto
  28. Tenente-médico da Marinha Luciano Dias Azevedo
  29. Empresário Luciano Hang
  30. Empresário Carlos Wizard
  31. Secretário de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto
  32. Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos
  33. Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos
  34. Coronel Marcelo Bento Pires, ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde
  35. Danilo Trento, diretor de relações institucionais da Precisa Medicamentos
  36. Marcos Tolentino, dono da FIB Bank
  37. Raimundo Brasil, sócio da VTCLog
  38. Andrea Lima, CEO da VTCLog
  39. Cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati
  40. Cristiano Carvalho, representante da Davati
  41. Coronel Helcio Bruno Almeida, proprietário do Instituto Força Brasil
  42. Pedro Batista Júnior, diretor executivo da Prevent Senior
  43. Marcellus Campelo, ex-secretário de Saúde do Amazonas
  44. Túlio da Silveira, advogado da Precisa Medicamentos
  45. Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica
  46. José Alves Filho, representante da farmacêutica Vitamedic
  47. Otávio Fakhoury, vice-presidente do Instituto Força Brasil
  48. Blogueiro Allan dos Santos
  49. Blogueiro Paulo Enéas
  50. Blogueiro Carlos Adriano Ferraz
  51. Roberto Goidanich, ex-presidente da Fundação Alexandre Gusmão
  52. Marconny Faria, lobista ligado a Jair Renan Bolsonaro
  53. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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