Espada da época das Cruzadas é encontrada por mergulhador em Israel

espada

Um mergulhador amador encontrou uma espada de 900 anos com uma lâmina de um metro nas costas de Israel. O objeto pertence á época das Cruzadas. Além da espada, homem também encontrou outros artefatos antigos no fundo no mar ao norte do país.

O anúncio do encontro ocorreu num comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), feito nessa segunda-feira (18).

O nadador estava mergulhando em 9 de outubro quando encontrou a espada, que possui um cabo de 30 centímetros de comprimento, junto com âncoras de pedra e de metal e fragmentos de cerâmica. De acordo com IAA, os artefatos foram “aparentemente descobertos após ondas e correntes subterrâneas deslocarem a areia”.

O mergulhador levou a espada à superfície para protegê-la de roubo, antes de entregá-la às autoridades.

Espada
O espada pesa 6 metros por conta de pedaços de crostas. Foto: IAA via AP

200 metros da costa

O objeto estava a 200 metros da costa, em uma profundidade de quatro metros. Seu tamanho e forma sugerem que é da época das Cruzadas, assim como a proximidade do castelo Atlit, uma fortaleza da época.

Nir Distelfeld, inspetor da Unidade de Prevenção de Roubo do IAA, disse que a espada é um achado raro que foi preservada em perfeitas condições.

“Foi encontrada incrustada com organismos marinhos, e aparentemente é feita de ferro”, disse Distelfeld. “É emocionante encontrar um objeto tão pessoal, levando você 900 anos de volta no tempo para uma era diferente, com cavaleiros, armaduras e espadas”, completou.

O objeto pesa cerca de 6 quilos devido à incrustação de pedras e conchas, mas a espada em si provavelmente pesa somente um terço disso.

O litoral onde foi encontrado o objeto tem muitas enseadas naturais que serviam de abrigo para navios antigos e povoados como Dor e Atlit desenvolveram-se em torno das enseadas maiores. Isso significa que a área era popular entre os navios mercantes – e isso representa potencial para uma grande quantidade de achados arqueológicos.

Tempestades de inverno podem expor mais artefatos e os arqueólogos farão mais pesquisas na área.

Cruzadas

Datando de 1096 até o final do século XXIII, as Cruzadas foram um conjunto de expedições militares de cristãos da Europa Ocidental que visavam retomar a Terra Santa no Oriente Médio após séculos de conquista muçulmanas de expansão.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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