Auxílio Brasil: veja o que se sabe sobre o novo programa do governo

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O governo Jair Bolsonaro (sem partido) espera a aprovação do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. A medida provisória (MP) do programa já foi enviada ao Congresso. O Auxílio Brasil nasce no momento em que Bolsonaro apresenta uma queda de popularidade entre as classes mais baixas, em ano pré-eleitoral.

Pronto para ser anunciado na última terça-feira (19), o evento que aconteceria acabou sendo cancelado trinta minutos antes do horário previsto. Os pagamentos eram planejados pelo governo para acontecer ainda em outubro, mês em que é pago a última parcela do Auxílio Emergencial.

Entretanto, dúvidas ainda rodam em questão sobre o novo programa. Quem poderá receber o benefício? Como será o cadastramento? Ele já está aprovado?

Quem deverá receber?

O novo auxílio deverá ser pago a famílias em situação de extrema pobreza. Famílias em situação de pobreza também poderão receber, desde que tenham, entre os membros, gestantes ou menores de 21 anos.

De acordo com a classificação atual, a situação de extrema pobreza inclui famílias com renda de até R$ 89 por pessoa. Já na situação de pobreza, a renda mensal varia entre R$ 89,01 a R$ 178 por pessoa.

O que acontece com o Bolsa Família?

O novo programa pretende substituir o antigo. Ou seja, quando o Auxílio Brasil começar a funcionar, o Bolsa Família deixará de existir.

Ele já está aprovado?

Não. O governo ainda precisa assegurar a fonte dos recursos, já que a ideia é que ele custe mais do que o Bolsa Família.

A forma de colocar o novo programa social de pé não é simples. Sem recursos, o governo já aumentou o IOF para bancar o Auxílio Brasil neste ano. Para 2022, é esperado que o governo aprove a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios para abrir espaço no teto de gastos e bancar o Auxílio Brasil.

O governo pretende utilizar os recursos que serão obtidos com a cobrança de lucros e dividendos para sustentar o novo auxílio.

Qual será o valor?

De acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, o Auxílio Brasil trará um reajuste de 20% sobre os benefícios do Bolsa Família. Já as famílias em extrema pobreza terão garantido um benefício de no mínimo R$ 400.

Minha renda aumentou. Vou perder a ajuda?

Conforme informações do Ministério da Cidadania, os beneficiários que tiveram um aumento de renda para um valor que ultrapasse o limite de inclusão no novo programa irão receber mais 24 meses de pagamento, antes de serem excluídos.

Como será o cadastramento?

O novo programa deve ser operacionalizado usando os próprios cadastros do Bolsa Família, bem como do Cadastro Único.

E se o governo não conseguir financiar o programa?

Sem definição de recursos para bancar o Auxílio Brasil, aliados do governo Bolsonaro já indicaram a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial até o fim do próximo ano.

No entanto, o ministro da Cidadania João Roma negou a possibilidade. De acordo com ele, o Auxílio Emergencial acaba no mês de outubro.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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