Jovem de Senador Canedo expõe marcas da violência na internet e denuncia ex-marido por agressão

Gabriela Batista Figueiredo de Freitas da Silva mostra agressão.

Gabriela Batista Figueiredo de Freitas da Silva, de 23 anos, publicou nas redes sociais fotos com marcas pelo corpo, afirmando serem resultado de agressão do seu ex-marido, jornalista e produtor cultural, em Senador Canedo. Ela é mãe de duas crianças, com um e dois anos de idade. 

Quando ela denunciou agressões no dia 15 de julho, foi determinada a prisão em flagrante, mas o ex-marido pagou fiança e responde em liberdade. Gabriela relata que as agressões aconteciam há mais de dois anos e começaram com violência psicológica.

“Ele quebrando as coisas dentro de casa. Sempre tem sinais, ne?”, relata. Gabriela relata ainda a agressão de estupro. “Eu não durmo à noite. Quando eu era casada com ele, que eu dormia com ele, eu acordava com ele me penetrando ou com a mão em mim. Quando não era isso, eu acordava com ele mexendo no meu celular”, afirma.

Medo constante

Gabriela conta que ficou meses sem sair de casa e retomar a vida porque sentia medo de encontrar com o ex-marido, ou de ele ir até a casa dela. Para ela, a lei não é justa porque, mesmo com a denúncia, o ex-marido não está preso e ela não se sente segura. 

“Como que vou confiar que ele não vai fazer isso de novo comigo? Que ele não vai vir atrás de mim ou não vai usar meus filhos contra mim? Como que a justiça  uma medida protetiva vão me garantir isso? É muito injusta a lei brasileira nesse sentido porque ele está solto, ele está fazendo tudo que ele quer fazer e eu estou presa dentro de casa porque não consigo fazer mais nada”, relata. 

Gabriela tem medo do que possa acontecer após denúncias / Foto: reprodução Instagram.

Ex-marido nega agressões

O ex-marido de Gabriela nega agressão física. “Nunca encostei um dedo nela para agredi-la. Discussões verbais onde trocamos ofensas já aconteceram, mas físicas nunca”, afirma. Sobre a acusação de estupro, ele diz que nunca aconteceu. 

O ex-marido contou que, em julho, foi preso quando se dirigiu à delegacia para relatar ameaças que teria sofrido de familiares de Gabriela. 

Ele relata que a decisão de se separar partiu dele e que acionou advogado para começar a tratar do divórcio. Disse que tentou sair de casa quatro vezes, mas por insistência de Gabriela e para ficar perto dos filhos, ficou. O acusado disse ser “defensor ferrenho” da Lei Maria da Penha, mas afirma que, no caso da acusação contra ele, a lei está sendo usada para forjar um crime.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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