Advogada pede indenização a Bolsonaro de R$ 571 mil por divulgação de tratamento precoce

Bolsonaro ficará hospedado em hotel luxuoso, na Rússia

Uma moradora da Bahia entrou na Justiça contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A advogada baiana pede uma indenização de mais de meio milhão ao político por ele ter divulgado o ”tratamento precoce” contra o coronavírus, mesmo sem haver eficácia comprovada cientificamente.

De acordo com o site Metrópoles, Manuela Menezes foi diagnosticada duas vezes com Covid-19 em 2021. Durante o tratamento, ela recebeu medicamentos como azitromicina e ivermectina, que compõem o chamado ”Kit Covid” e que foram amplamente divulgado por Bolsonaro para o uso contra o coronavírus.

No processo, a advogada cita, inclusive, que o médico que a atendeu teria dito que Bolsonaro também era a favor da utilização dos remédios. Hoje, ela tem sequelas devido à enfermidade, como queda de cabelo e perda de memória.

“Estou passando situações vexatórias no meu trabalho. Tenho dores de cabeça diariamente. Não consigo nem mais pentear meu cabelo com rabo de cavalo, pois meu cabelo cai muito deste então, tenho vários buracos. Cheguei ao ponto de pensar se foi bom ter sobrevivido à Covid; se isso é uma benção ou uma maldição. O que espero de um governante é que ele seja responsabilizado. Queria que as autoridades tivessem mais atenção aos sobreviventes do vírus”, complementa Manuela.

Moradora de Feira de Santana, no interior da Bahia, a mulher cobra R$ 571 mil da União pelas sequelas. O julgamento da ação acontecerá na 1ª Vara Federal Cívil da Seção Judiciária da Bahia (SJBA).

Ideia veio da CPI

Caso ganhe, Marcela irá direcionar o dinheiro para o fundo de Saúde, do município de Feira de Santana e do Estado da Bahia, “com determinação do uso de valores para o combate e tratamento de Covid-19”.

A advogado conta que a ideia de pedir a indenização veio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. No dia 11 de agosto, durante o depoimento do CEO da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), relatou que irá pedir à Defensoria Pública para que as famílias que perderam parentes para a doença sejam indenizados pelo Estado.

“Esta Comissão Parlamentar de Inquérito deverá ter no seu relatório final uma recomendação às advocacias dos estados, da União nos estados, em solidariedade às pessoas que perderam entes queridos e a muitos deles que estão sequelados, que a advocacia ajude essas pessoas a entrarem na Justiça, pedindo a indenização por esse crime absurdo”, antecipou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que não houve intimação no mencionado processo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos