Coreia do Norte anuncia lançamento de míssil intercontinental no mar do Japão

A Coreia do Norte anunciou hoje (4) em sua TV estatal que lançou com êxito pela primeira vez um míssil balístico intercontinental (ICBM), que atingiu o mar do Japão. A informação é da Agência Télam.

O Exército norte-coreano disparou o projétil às 9h40 do horário sul-coreano (21h40 de ontem em Brasília), a partir da base aérea de Panghyon, na província de Pyongan do Norte. A informação foi confirmada por Seul e Tóquio.

Horas depois, o anúncio lido na emissora KCTV pela locutora encarregada das notícias mais importantes para o regime, Ri Chun-hee, indicou que se trata de um ICBM batizado Hwasong-14. O míssil alcançou altura máxima de 2.802 quilômetros (km) e percorreu 933 km em 39 minutos.

“A República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país] se converteu em um importante poder nuclear com o ICBM mais poderoso, capaz de atacar qualquer parte do mundo”, afirmou a apresentadora.

Se confirmado, o ensaio suporia um avanço importante no programa armamentista norte-coreano. O líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou, no princípio do ano, que pretende desenvolver mísseis ICBM (projéteis que chegam de percorrer mais de 5,5 mil quilômetros) capazes de carregar bombas nucleares.

O Ministério da Defesa Russo declarou que o míssil não tem alcance intercontinental. “Os parâmetros de voo corresondem ao de um míssil de alcance médio, e não intercontinental”, afirmou a pasta em comunicado. “O projétil se elevou a uma altura de 535 km, percorreu 510 km e caiu na parte central do mar do Japão”, acrescentou o texto.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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