Comércio de gás de cozinha pode ser regulamentado pela Alego

Os estabelecimentos comerciais precisam ter como a principal atividade econômica a venda do gás

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Lissauer Vieira (PSB), apresentou um projeto de lei para regulamentar a comercialização do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, nos municípios goianos. De acordo com a proposta, é proibido que seja instalado postos de venda desse gás em estabelecimentos, cuja principal atividade, não seja essa.

O projeto de lei nº 7775/21 proíbe que shoppings centers, hipermercados, supermercados e estabelecimentos comerciais congêneres possam vender os botijões. O objetivo da proposta, de acordo com o autor, é de que a comercialização desse produto seja realizada de forma  mais segura, possuindo uma legislação própria e que atenda os requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O alvará de funcionamento do estabelecimento estará condicionado a descrição de atividade do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do local, ou seja, a atividade econômica principal deve ser o comércio varejista desse gás. Vale ressaltar que os comércios podem ter outras atividades acessórias, desde que não seja descaracterizado a atividade principal. Caso vire lei, os estabelecimentos comerciais terão que se adaptar às novas regras em 180 dias, a partir da data de publicação.

Em Goiânia já existe uma lei que regulamenta o comércio de gás de cozinha

Em 2018, foi sancionada a lei nº 10.211/18, de autoria da vereadora Sabrina Garcez (PSD) na qual estabelece regras para as empresas de engarrafamento, armazenamento, depósito, venda e distribuição de GLP.

De acordo com a legislação, os veículos que transportam o gás devem ser, obrigatoriamente, adaptados e precisam atender normas específicas, como ter o nome da empresa distribuidora, número da autorização emitida pela ANP e tabela de preços visíveis ao consumidor. Além disso, o armazenamento dos botijões também são fiscalizados e esses recipientes, cheios ou vazios, não podem ser colocados em espaços em que tenha trânsito de pedestres/veículos, devendo ter um local adequado e separado para armazenamento.

A lei também diz que postos de gasolina não podem vender o gás de cozinha e, em todo o estabelecimento comercial, placas de “proibido fumar” e “perigo-inflamável” devem ser instaladas em locais visíveis. Em caso de descumprimento das normas, o estabelecimento poderá ser multado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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