Dólar vai a R$ 5,67 e fecha no maior valor em mais de seis meses

Em meio à cautela no mercado local e às expectativas com a decisão do Banco Central norte-americano, o dólar iniciou novembro em alta e fechou no maior nível em mais de seis meses. A bolsa de valores recuperou-se de perdas recentes e teve alta de quase 2%.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (1º) vendido a R$ 5,67, com alta de R$ 0,024 (+0,43%). Na máxima do dia, por volta das 12h, a cotação chegou a R$ 5,69. O Banco Central (BC) leiloou US$ 700 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, mas a atuação foi insuficiente para conter a valorização da divisa.

A moeda norte-americana está no nível mais alto desde 13 de abril, quando tinha fechado em R$ 5,71. O dólar acumula valorização de 9,27% em 2021.

Influência do dólar no mercado de ações

No mercado de ações, o dia foi o oposto. Após dois dias seguidos de queda, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 105.551 pontos, com alta de 1,98%. O indicador foi puxado pela Petrobras, cujas ações subiram 3,72% (ordinária) e 2,75% (preferencial), por causa da baixa adesão à greve dos caminhoneiros convocada para hoje. Papéis ligados a bancos também puxaram a alta.

Em relação ao dólar, os investidores estão na expectativa com a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o cálculo do teto de gastos. Apesar das dificuldades de articulação no Congresso, o mercado teme que o governo recorra a alguma solução que crie brechas para estourar o teto, como a edição de um decreto de calamidade pública.

Além dos fatores internos, o dólar está em alta no mercado internacional por causa das expectativas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano. Nesta semana, a autoridade monetária da maior economia do planeta deve começar a retirar os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19. Mesmo que não aumente os juros básicos, o Fed pode começar a reduzir o volume de compras mensais de títulos que injetam dinheiro na economia dos norte-americana.

*Com informações da Reuters e da Agência Brasil

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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