Restaurantes têm nomes alterados no iFood por mensagens a favor de Bolsonaro

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Restaurantes parceiros do iFood tiveram seus nomes alterados por mensagens em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, ataques à ex-vereadora Marielle Franco, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra a vacinação.

Segundo o iFood, a troca de nomes foi feita indevidamente por um funcionário de uma prestadora de serviços que tem a permissão de alteração em informações cadastrais de estabelecimentos da plataforma. A mudança atingiu 6% dos restaurantes cadastrados.

A empresa ainda informou que os nomes corretos ”estão sendo restabelecidos” e que não houve vazamento de dados dos clientes e entregadores.

O iFood garantiu ainda que os meios de pagamentos dos clientes estão seguros. “Eles não são armazenados nos bancos de dados do iFood, ficando gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários, não tendo havido comprometimento de dados de cartões de crédito”, ressaltou, em nota.

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As mudanças atingiram 6% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma (Foto: Reprodução)

Os estabelecimentos tiveram seus nomes alterados para mensagens como ”Bolsonaro 2022”, ”Lula Ladrão” e ”Vacina mata”. Além disso, também foram feitos ataques à ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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