Operação Delegado Fake: Grupo é preso por se passar por delegado para extorquir vítimas

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A Polícia Civil de Goiás, por meio do 15º DP e 1ª DRP de Goiânia, deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Delegado Fake. Foram cumpridos quatros mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens contra suspeitos acusados de integrar uma organização criminosa investigada por crimes de estelionato e extorsão.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso agia primeiramente se aproximado das vítimas através de troca de mensagens por redes sociais, fazendo se passar por jovem mulheres e enviando fotos íntimas. Após a vítima receber e interagir através de troca de imagens, os criminosos faziam contato se passando como delegado de polícia, alegando estar investigando um caso de pedofilia.

“Eles falavam pra vítima que ela estava sendo investigada por tal crime”, conta a delegada Renata Viera.

Durante a conversa, o falso delegado afirmava que possuía mandado de prisão contra a vítima e pedia grandes quantia de dinheiro dizendo que não daria seguimento a denúncia e que não divulgaria o nome da pessoa como pedófilo a imprensa. A organização criminosa fez diversas vítimas no interior do Pará e outros estados.

O líder da organização criminosa é reeducando do sistema prisional, já tendo sido preso pelos crimes de roubo e homicídio. Ele recebeu a liberdade recentemente mediante a utilização de tornozeleira eletrônica.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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