Não haverá ‘saidão de Natal’ dos detentos em Goiás

Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), não haverá “saidão de Natal” nas penitenciárias neste ano. Isto porque os detentos que têm direito à saída temporária nas datas comemorativas são os que cumprem pena em regime semiaberto. No entanto, por conta da pandemia, esses presos estão em casa, usando tornozeleira eletrônica, em prisão domiciliar. Em 2020, 4.801 detentos passaram a cumprir pena desta forma em Goiás.

O benefício da saída em datas comemorativas tem objetivo de ressocializar os presos, por meio do convívio familiar e mecanismos de recompensa. Não têm direito `a ela os custodiados sob investigação, respondendo a inquérito disciplinar ou que tenham recebido sanção disciplinar.

Diferente da saída temporária, o Indulto Natalino é o perdão da pena de alguns detentos. Ele deve ser anunciado pelo presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, na segunda quinzena de dezembro, por meio de decreto. Pela Constituição, o indulto pode ser oferecido a brasileiros e estrangeiros que não tenham cometido crimes hediondos, com grave ameaça ou violência.

Tornozeleira eletrônica ainda não é cobrada dos detentos

No dia cinco de outubro deste ano, foi publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás a lei que cobra os custos das tornozeleiras eletrônicas  dos próprios detentos que as utilizam. Segundo a DGAP, cada equipamento custa R$ 245 por mês ao Estado. Hoje, são 4.875 tornozeleiras ativas no estado.

A cobrança do valor da tornozeleira ainda não começou a valer. Por enquanto, está sendo feito um levantamento. Segundo a Diretoria-Geral, ainda sem data definida, possivelmente a lei deve começar a ser executada em janeiro de 2022.

O texto não estipula que quem não pagar os cursos seja encarcerado, mas é inserido um débito na dívida ativa, tornando a pessoa inadimplente.

A lei prevê que a medida valerá para todos os monitorados, com exceção dos que são beneficiários da gratuidade judiciária, que não têm condição financeira de pagar despesas dos processos e honorários de advogados ou peritos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp