EUA e Coreia do Sul fazem exercício militar e Conselho de Segurança é convocado

Depois de confirmar que o míssil balístico lançado nessa terça-feira (4) tem mesmo capacidade de longo alcance, os Estados Unidos reagiram e ao lado da Coreia do sul começaram hoje (5) uma simulação com misseis balísticos. De acordo com os dois países, os misseis foram disparados na Costa Leste, em águas sul coreanas.

Em um comunicado os Estados Unidos disseram que os disparos foram realizados de forma precisa e profunda.  O secretário de Estado Rex Tillerson convocou para hoje, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).  Tillerson chamou o lançamento de uma “nova escalada da ameaça” e disse que é preciso “uma ação global, para conter uma ameaça global”.

Na escalada de provocações, a Coreia do Norte confirmou hoje que a data do lançamento do míssil balístico intercontinental  foi escolhida de propósito, uma provocação ao 4 de julho, dia da independência americana.  A mídia estatal norte-coreana diz que o líder Kim Jong Un recomendou que o presente fosse enviado aos americanos, que chamou de bastardos.

No cenário internacional, China e Rússia se alinharam em torno da saída diplomática e pediram que o confronto militar seja evitado. Pyongyang teria dito que não negocia com os Estados Unidos enquanto o país for hostil.

Mas não se sabe como um diálogo seria possível. Porque tanto Donald Trump quanto Kim Jong Un usam suas plataformas midiáticas para trocar hostilidades e insultos.

Hoje Trump voltou a questionar a China sobre sua ação direta junto à Coreia do Norte e usou novamente o argumento de que os chineses ganham muito nas relações comerciais entre os dois países. No Twitter, ele questionou: “Quando é que a China vai começar a nos ajudar?”.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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