Polícia apreende meia tonelada de agrotóxico, em Jataí

A meia tonelada de agrotóxico estava dentro de uma caminhonete.

O Comando de Operações de Divisas (COD) apreendeu meia tonelada de agrotóxico de origem suspeita que estava dentro de uma caminhonete, na zona rural de Jataí, interior de Goiás. De acordo com o comandante de Operações de Cerrado (COC), Marcelo Granja, os policiais encontraram o carregamento durante abordagem feita ao motorista do veículo.

“A abordagem foi feita em uma estrada vicinal na zona rural de Jataí. A carga de origem suspeita tem valor estimado em R$ 8.360. Entretanto, estava sem certificação do órgão competente, sem procedência de registro sanitário e sem origem”, completa Granja.

Ainda de acordo com o condutor do veículo, o objetivo era comercializar o produto com agropecuaristas da região. A suspeita é de que o produto é resultado de produção ilegal com matéria de contrabando, ou seja, sem qualquer tipo de documentação sobre sua procedência.

O autor foi conduzido para à Delegacia de Jataí e liberado em seguida. Ele responderá ao processo e arcará com o pagamento de multa ou demais sanções legais.

Outras apreensões de agrotóxico

Uma fábrica clandestina de agrotóxicos e fertilizantes foi fechada no mês de setembro em Aparecida de Goiânia, foram apreendidos cerca de 147 toneladas de substâncias, além dos utensílios e maquinários para confecção e produção.

A operação foi encabeçada pelo Comando de Operações de Divisa (COD) da Polícia Militar de Goiás (PMGO), com ajuda da AGRODEFESA e Ministério da Agricultura. No local, a polícia também encontrou material para confecções e produção de fertilizantes, guardado de forma inapropriada.

O Ministério da Agricultura interditou o local após a operação.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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