Universidades goianas avaliam possibilidade de passaporte da vacina

Três organizações ligadas a universidades federais goianas encaminharam ofício pedindo aos reitores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Jataí (UFJ)  e Universidade Federal de Catalão (UFCat) a implementação imediata do passaporte de vacinação para professores, técnicos e estudantes. O documento foi enviado em conjunto pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo) e o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Goiás (DCE-UFG).

No ofício, as entidades defendem que a obrigatoriedade da vacinação entre a comunidade acadêmica é necessária para o retorno presencial. “O descaso com a necessidade de vacinação e a falta de exigência desta não oferecem segurança para o retorno presencial, que pode levar a resultados desastrosos, como surtos de contaminação e mesmo à óbitos”, aponta o documento.

No ofício, as entidades exigem que UFG, UFJ e UFCat  cobrem das autoridades competentes normativas sobre o assunto e que também tenham suas próprias normativas internas, tornando obrigatória a vacinação para acesso e permanência nas dependências universitárias. O documento cita órgãos que já adotaram a exigência da vacina, como o Tribunal Superior do Trabalho.

Respostas das universidades

Em nota, a UFG informou que retomará gradualmente as atividades presenciais dia 17 de janeiro de 2022, com medidas de prevenção e protocolo de biossegurança, elaborados por um grupo de trabalho. Informou ainda que “o Conselho Universitário da UFG (Consuni) é favorável à adoção do Passaporte de Vacinação  e tem buscado sustentação jurídica para a implantação dessa medida, por isso o tema permanece em discussão na Universidade”.

A UFCat disse, em nota, que montou uma comissão designada para pensar o retorno presencial. A demanda apresentada no Ofício será encaminhada para esta comissão. “O retorno presencial se dará com a maior segurança sanitária possível e se o entendimento da comissão for de adoção do passaporte de vacinação assim procederemos, visto que esta medida está sendo planejada para o acesso aos diversos órgãos e espaços públicos do país”, informa o texto.

A UFJ afirmou em nota que “até o presente momento, não há previsão legal para condicionar o retorno presencial à apresentação do passaporte, mas que o tema ainda está em discussão na instituição e será debatido no CONSUNI”.

Confira as notas na íntegra:

UFG: “A Universidade Federal de Goiás (UFG) comunica que a retomada segura e gradual das atividades de ensino presenciais a partir do dia 17 de janeiro de 2022 tem merecido toda a atenção da instituição desde o início deste ano. O Grupo de Trabalho criado para discutir o processo de retorno elaborou medidas de prevenção e disponibilizou um protocolo de biossegurança.

O Conselho Universitário da UFG (Consuni) é favorável à adoção do Passaporte de Vacinação e tem buscado sustentação jurídica para a implantação dessa medida, por isso o tema permanece em discussão na Universidade. Além disso, a instituição conclama toda a comunidade universitária para aderir ao esquema vacinal completo contra a covid-19”.

UFCat: “Temos uma comissão composta por docentes, discentes e técnicos-administrativos da Universidade Federal de Catalão trabalhando o retorno das atividades presenciais. A demanda das entidades foi recebida pela Reitoria e encaminhada à comissão para análise, bem como outras sugestões da comunidade. O retorno presencial se dará com a maior segurança sanitária possível e se o entendimento da comissão for de adoção do passaporte de vacinação assim procederemos, visto que esta medida está sendo planejada para o acesso aos diversos órgãos e espaços públicos do país.”

UFJ: A reitoria da Universidade Federal de Jataí recebeu o Ofício nº 158/2021, subscrito por representantes da AdUFG, Sint-Ifesgo e DCE, em que solicitam a exigência de passaporte de vacinas para retorno das aulas presenciais na instituição. Consultado sobre a solicitação, o reitor da UFJ, professor Américo Nunes da Silveira Neto, afirmou seu compromisso com a segurança de todos – comunidade acadêmica e toda a sociedade jataiense, uma vez que esse retorno presencial prevê a chegada de várias pessoas à cidade – reiterando que todas as suas ações são pautadas na legalidade e, até o presente momento, não há previsão legal para condicionar o retorno presencial à apresentação do passaporte, mas que o tema ainda está em discussão na instituição e será debatido no CONSUNI. Importante frisar que a UFJ tem trabalhado para o retorno total presencial para o próximo semestre letivo, sendo que seus servidores já retornaram, com exceção daqueles dos grupos de risco. Os cursos da área de saúde humana e animal estão ofertando nesse momento, de maneira presencial, as Atividades Práticas e Estágios de 48 disciplinas, num total de 1047 estudantes matriculados. A reitoria ratifica, oportunamente, que a UFJ tem trabalhado incansavelmente para que nossa comunidade não seja exposta a riscos, obedecendo os protocolos de prevenção e controle ao coronavírus.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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