PRF comunica suspensão de serviços por falta de verbas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) comunicou na manhã desta quarta-feira (05) que paralisará parte das suas atividades. A organização alegou falta de orçamento para realizar determinados serviços.

Segundo a PRF, as restrições orçamentárias para aquisição de combustível, manutenção e diárias obrigou o órgão a decidir pela suspensão imediata das atividades aéreas e resgate. A partir desta quinta-feira (06), o serviço de escolta de cargas superdimensionadas e escoltas em rodovias federais também será paralisado.

Além de unidades operacionais desativadas, a polícia vai reduzir imediatamente os deslocamentos terrestres de viaturas em patrulhamento. “Buscaremos diminuir o prejuízo no atendimento de ocorrências emergenciais, priorizando atendimento de acidentes com vítimas”, diz a organização, em nota.

A PRF declarou, ainda, que está em negociação com os ministérios da Justiça e do Planejamento, a fim de que a recomposição do orçamento e o restabelecimento de recursos sejam realizados o mais rápido possível.

As suspensões ocorrem no início das férias escolares, quando o movimento nas rodovias se intensifica, e após a Polícia Federal paralisar a emissão de passaportes por falta de verbas. A Comissão Mista do Congresso aprovou ontem (04) uma suplementação de verba, mas o projeto ainda precisa ser aprovado pelo congresso para que o documento volte a ser emitido.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp