Piloto de avião de Marília Mendonça comunicou duas vezes sobre pouso

FAB publica recomendações para evitar acidentes como o de Marília

O piloto que levava a cantora Marília Mendonça e outros dois passageiros, além do copiloto, se comunicou quatro vezes pela frequência de rádio local. As informações foram reveladas por um piloto da região que guiava um monomotor de Viçosa para o mesmo destino no mesmo horário. De acordo com ele, as mensagens de Geraldo Martins de Medeiros Júnior davam a impressão de um voo normal.

O piloto também informou que o responsável pela condução do avião que levava a cantora repetiu duas vezes que iniciaria o procedimento de pouso, chamado de ”perna de vento” no jargão da aviação. Os relatos foram publicados pelo jornal O Globo.

“Ele disse que estava pegando a perna do vento e, cerca de 20 segundos depois, voltou a dizer que estava pegando a perna do vento 02, o que significa que estava iniciando o procedimento padrão de pouso. Isso não configura uma anormalidade pois os pilotos podem prolongar um pouco o tempo do pouso”, disse o piloto, que trabalha para empresários da região e é experiente no mapa cartográfico de lá.

Em sua primeira comunicação, Geraldo informou que estava em processo de decida, voando a 12.500 pés e a ”44 fora”. “Fiquei a dúvida se eram 44 milhas de distância ou 44 minutos. Como eu estava indo para o mesmo aeroporto, e precisava estimar o pouso, perguntei. Ele respondeu que eram 44 milhas”, disse.

Ainda não se sabe o que teria causado a queda da aeronave. O que se sabe é que o avião bateu em fios de alta tensão antes de cair. A informação foi confirmada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Órgãos aéreos da região receberam, entre os meses de setembro e agosto, relato de outros pilotos que os fios elétrico atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga.

A queda é investigada pela FAB, que faz uma perícia nos destroços do avião.

A aeronave caiu na última sexta-feira (5), em uma região próxima a Caratinga, em Minas Gerais. Dentro dele estavam a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas. Ninguém sobreviveu.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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