A Polícia Federal decidiu encerrar as forças-tarefa dedicadas exclusivamente às operações Lava Jato e Carne Fraca e integrá-las à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).
Segundo nota da PF, o objetivo da medida é “priorizar ainda mais” as duas investigações, permitindo o “aumento do efetivo especializado” na luta contra a corrupção e a lavagem de dinheiro. Além disso, a corporação alega que a equipe na superintendência do Paraná, que comanda as duas operações, será reforçada em caso de necessidade.
Com isso, os quatro delegados que trabalhavam exclusivamente na Lava Jato – esse número chegou a ser de nove – atuarão também em outros inquéritos. Ao longo do último ano, a operação já vinha perdendo investigadores e peritos.
De acordo com o “UOL”, que cita um agente anônimo, a investigação estava “praticamente parada”, e a PF não conseguia mais “dar andamento a qualquer operação nova”. Em maio passado, o Ministério da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, foi assumido por Torquato Jardim, um crítico da Lava Jato.
“A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados”, diz a nota da corporação.
Em seu perfil no Facebook, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que atua na Lava Jato, já havia antecipado o fim da força-tarefa na PF, aproveitando a ocasião para criticar o presidente Michel Temer. “Para salvar seu mandato, Temer libera verbas à vontade”, escreveu.
As informações são da Agência ANSA