Ministério da Saúde anuncia terceira dose para todos acima de 18 anos

Governo proíbe demissão de quem não se vacinou contra a Covid-19

Em coletiva na manhã desta terça-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que toda a população acima de 18 anos deverá tomar a terceira dose da vacina contra Covid-19. A dose de reforço deve ser aplicada cinco meses após a segunda dose e, de preferência, com uma vacina diferente das doses anteriores, na chamada vacinação heteróloga. Em novembro, mais de 12 milhões de brasileiros estão aptos a receber a terceira dose.

Até então, tomavam a terceira dose as pessoas imunossuprimidas, profissionais de saúde e idosos. Na coletiva, o Ministério da Saúde afirmou que há vacinas para a dose de reforço e que a pasta está em tratativas  sobre novas doses . A pasta mudou ainda o intervalo para dose de reforço: antes era de seis meses após a dose anterior, agora passa a ser de cinco meses.

Não foi divulgado calendário que detalha a ordem de vacinação desta terceira dose. Segundo o ministro, a lógica será a mesma do cronograma anterior, à medida que quem completa cinco meses da última dose recebida, pode buscar a terceira.  “Acaba seguindo este mesmo cronograma. Aqueles que têm a vacina mais antiga terão acesso primeiro”, afirmou Queiroga, na coletiva.

Janssen

Outra mudança anunciada é a de que as pessoas que receberam a vacina da Janssen, até então aplicada como imunizante de dose única no país, deverão tomar uma segunda dose deste mesmo imunizante, dois meses após a primeira. “No início a recomendação foi de que essa vacina fosse de dose única. Hoje sabemos que é necessário essa proteção adicional”, disse Queiroga.

Quem recebeu a Janssen deve tomar uma segunda dose após dois meses e, depois de cinco meses da segunda dose, receber a terceira dose.

Mega vacinação

O Ministério anunciou, de 20 a 26 de novembro, a iniciativa publicitária da Mega Vacinação, na tentativa de aumentar a procura pela segunda dose ou pela dose de reforço contra Covid-19.

Segundo a pasta, mais de 21 milhões de pessoas estão aptas a tomar a segunda dose.  Em Goiás, são mais de 690 mil. Entre os goianos, 13% não voltaram para tomar a dose dois, segundo dados apresentados pelo Ministério.

Goiás

Segundo Queiroga, a campanha é implementada pelos municípios. Perguntada pelo Diário do Estado, sobre a possibilidade de haver alguma mudança em Goiânia diante da Mega Vacinação, a assessoria informou que já há vacinas para todas as pessoas acima de 12 anos na capital.

O governo de Goiás informou que seguirá as novas orientações e que a Secretaria Estadual de Saúde deve comunicar as mudanças aos gestores municipais até a próxima quinta-feira (18/11).

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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