PF pede prisão do padre Robson, por suspeita de lavagem de dinheiro

Padre Robson em uma missa

Desde agosto do ano passado, o padre Robson de Oliveira Pereira vem sendo investigado por acusações de movimentações financeiras irregulares, entre outros crimes. Nesta quarta-feira (18), a Polícia Federal pediu a prisão do religioso. O advogado do líder da maior devoção à Santíssima Trindade do mundo já fez uma contra-representação no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), questionando o pedido.

Relembre o caso do padre Robson

Em 2020, padre Robson passou a ser alvo de investigação pelo Ministério Público de Goiás por suposto desvio de mais de R$120 milhões em doações de fiéis. A investigação teve início após tentativas de extorsão de dinheiro contra o religioso, sendo que alguns envolviam possíveis relacionamentos amorosos do mesmo. Cinco pessoas que extorquiram o padre já foram condenadas pela Justiça a penas que variam entre 9 e 16 anos.

Por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), padre Robson teria movimentado irregularmente quantias milionárias de dinheiro, com R$2,9 milhões destinados ao arquivamento de mídias comprometedoras.  Desde então, o religioso passou a ser suspeito de lavagem de dinheiro, organização criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica. Ele teve afastamento de qualquer atividade de religiosa a partir do início das investigações da “Operação Vendilhões”, com mandados de busca e apreensão na época.

Novidades no caso

O novo desdobramento aconteceu nesta semana. A Polícia Federal enviou um pedido de prisão ao STJ, e o ministro-relator Benedito Gonçalves está em posse do caso. De acordo com informações da IstoÉ, padre Robson não se encontra no estado de Goiás desde quarta-feira, quando a PF protocolou o pedido de prisão. O advogado do suspeito, Cleber Lopes, ainda não pediu um habeas corpus preventivo, mas já fez uma contra-representação questionando o pedido da PF.

A notícia chega após a expectativa de que padre Robson voltaria a celebrar missas em Trindade, por conta do bloqueio na investigação em relação à suspeita de desvio de dinheiro. Novos episódios a respeito do caso devem acontecer nos próximos dias.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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