Goiás terá “Aluguel Social” de R$ 350,00

Goiás terá

Chegou na Assembleia Legislativa um projeto de lei do governo de Goiás que cria o auxílio aluguel no valor de R$ 350 para atender cerca de 30 mil famílias que recebem até dois salários mínimos. O beneficiário ficará cadastrado no Estado por 18 meses, prorrogáveis por mais 18. O programa vai se chamar ”Pra ter onde morar”.

Além da renda familiar de até dois salários mínimos, o governou estabeleceu outros requisitos para definir o alvo de beneficiários. A família deve ser constituída por, no mínimo, duas pessoas (com exceção de idosos), habitar em uma morada improvisada ou em coabitação ou, ainda, se tiver mais de 50% da renda familiar comprometida com aluguel.

“São situações de extrema vulnerabilidade social que precisam ser atendidas”, afirma Pedro Sales, presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab).

Sales diz que o objetivo do programa não é apresentar uma proposta definitiva para a situação do déficit habitacional, mas sim atender casos mais urgentes que ferem a dignidade dos cidadãos goianos mais vulneráveis. “A avaliação é de que há muitas famílias que já não podem mais esperar até que novos empreendimentos de interesse social sejam concluídos. Muitas delas estão na iminência de situação de rua”.

O projeto de lei ainda prevê que a titularidade será preferencialmente da mulher e que terão prioridade famílias com idosos, pessoas com deficiência ou vítimas de violência doméstica.

Dificuldade com aluguel

Goiás tem atualmente 156 famílias em déficit habitacional. Mas, há um dado ainda mais relevante que justifica a criação do novo programa. Sales ressalta que, segundo o Instituto Mauro Borges, pelo menos 71% do total dessas famílias tem dificuldade em arcar com as despesas do aluguel. Em números, isso corresponde a 113 famílias, o que significa 319 mil pessoas em situação de vulnerabilidade habitacional.

Outro diagnóstico mais recente, proveniente do Cadastro Único do governo federal, aponta que já existia em Goiás, em 2020, mais de 401 mil pessoas em situação de déficit habitacional, o que representa 5,7% da população.

“A criação do programa de aluguel social aliviará situações de precariedade de habitação mais urgentes para essas pessoas”, reforça Sales

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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