A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), desmanchou uma organização criminosa suspeita de investimentos em criptomoedas. Além disso, o grupo tinha uma estrutura organizada, com divisão de tarefas, ligadas a oferta de serviço a título de correção intermediando apostas em jogos esportivos. A organização atuava na cidade de Bela Vista de Goiás e, nos dois investimentos, a organização prometia um lucro certo de 50% ao mês no início das atividades.
A “Operação Octupus”, foi executada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). A investigação durou 3 meses e contou com apoio do Laboratório Tecnológico de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás, do Núcleo de Operações com Criptoativos da Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado (Secretaria de Operações Integradas) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Gerência de Operações de Inteligência da PCGO.
Com a união foi possível rastrear recursos financeiros, vincular pessoas participantes, individualizar consultas, aferir medidas constritivas de bens e realizar a primeira apreensão de criptomoedas in loco e realizar a primeira apreensão de criptomoedas in loco.
A investigação teve o objetivo de comprovar a autoria dos crimes de lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular. A Polícia também investigou supostos investidores que tiveram lucros financeiros sem justa causa, desproporcionais, causando prejuízos financeiros a pessoa.
De acordo com Delegado Webert Leonardo, responsável pela operação, o grande problema da organização criminosa a que eles prometiam um lucro de 50% ao mês. Agora mais recentemente a promessa de lucro era de 30%.
“O que digo em todo caso é que o lucro é totalmente fora da realidade, fora do padrão ainda mais para investimentos de renda variável e de apostas esportivas, ou seja, lucro incerto, o que atraia um quantitativo imensurável de pessoas. Eles movimentaram aproximadamente R$ 20 milhões, motivo pelo qual a Polícia Civil em três meses conseguiu realizar essa operação que culminou na prisão de quatro pessoas e restrição de outros bens”, comenta o delegado.
Webert Leonardo também relata que por quase um ano de atividade, o grupo conseguiu recrutar muitas pessoas que investiram e conseguiram o retorno financeiro prometido, é isso chamou muito a atenção da Polícia Civil, pelo fato da margem de lucratividade, que não é certo nem em investimentos mais seguros.
“Em três meses conseguimos com decisão rápida do poder judiciário, o apoio do nosso laboratório de lavagem de dinheiro, e também do Núcleo de Criptoativos do Ministério da Justiça, realizar essa operação grande. É apenas a primeira etapa da operação que prossegue. O grupo atuava através de intermediação, eles ganhavam uma comissão do lucro prometido. As pessoas lucraram em grande parte desse período, só que naturalmente era um negócio autofágico, porque esse tipo de rendimento não existe”, diz Leonardo.
Além do cumprimento de 4 mandados de prisão temporárias, 11 mandados de busca e apreensão e 2 sequestros de veículos de luxo.
Conforme o delegado “a maior parte dos presos são jovens que jamais movimentaram uma quantidade expressiva de valores, e que do dia para a noite começaram a movimentar milhões de reais”.
A polícia também aprendeu dispositivos eletrônicos, documentos, valores em espécie e 03 armas de fogo.