Paciente espera horas por atendimento em UPA do Setor Brasicon, em Aparecida de Goiânia

Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor Brasicon, em Aparecida de Goiânia, denunciaram ao Diário do Estado que estão aguardando horas na fila para receberem atendimento.

O borracheiro Alexandre Silva, 30, disse ter procurado a unidade de saúde nesta segunda-feira (29/11) e por falta de atendimento odontológico precisou retornar na manhã desta terça-feira (30). No entanto, teve que aguardar das 6h50 às 10h37 para ser atendido.  Ainda de acordo com ele, o local estava lotado e uma criança que aguardava a mais de 24 horas para ter o braço imobilizado.

“Estou aqui desde de ontem. Hoje eu cheguei 6h50 a médica era pra ter chegado 7h40 e chegou 8h15. Tem uma mulher aqui, que o filho dela está esperando desde ontem o encaminhamento para colocar o gesso no braço da criança”, relatou Alexandre.

De acordo com Alexandre, foi necessário alegar que iria chamar a imprensa para ser atendido. Mesmo assim, ele deve voltar a unidade amanhã que é quando seus exames ficam prontos.

“Quando deu 10h35 eu tive que dar um ‘pit’ lá dentro, falei que ia chamar a reportagem ai eles me atenderam rapidão. E assim mesmo não resolveu, mandou eu fazer um raio x e outros exames e é pra mim voltar amanhã, porque a medica não atende mais hoje”, contou.

Além da dificuldade para receber atendimento, Alexandre denuncia que na unidade não havia álcool em gel acessível aos pacientes. ” Você não acha um alcóol em gel”, ressaltou.

Nota

“A SMS informa que o quadro de médicos da UPA Brasicon conta, neste momento, com 6 médicos atendendo às urgências adultas e pediátricas. Com grande demanda desde o início da manhã, o fluxo na unidade está normal, sem interrupções, com a priorização dos casos mais graves seguindo a classificação de risco.”

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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