Refis 2017: projeto de anistia é aprovado na Câmara em primeira votação

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou hoje (11), por unanimidade, o projeto do prefeito Iris Rezende (PMDB) que concede remissão de juros aos devedores dos impostos IPTU, ITU e ISS. Tramitando há quase cinco meses na Câmara, o chamado Refis 2017 permite o refinanciamento dessas dívidas com a prefeitura.

Agora, o projeto será discutido nesta quarta-feira (12), na Comissão de Finanças da Casa, sendo o vereador Vinicius Cirqueira (Pros) o relator da matéria. Desta forma, a previsão é de que a segunda e última votação do projeto ocorra ainda nesta semana, já na quinta-feira (13).

O texto já conta com a emenda do vereador Elias Vaz (PSB), em que a anistia e isenção de IPTU só poderão ser concedidas aos contribuintes com, no máximo, três imóveis. Outra emenda é a do peemedebista Wellington Peixoto, que impede nova anistia em cinco anos.

Grandes Empresas

A proposta de Iris Rezende acendeu muitos debates na Câmara. O projeto foi acusado de beneficiar grandes empresas por conceder, indistintamente, benefícios para quem renegociasse a dívida. A permissão engloba, ainda, parcelamentos em até 40 vezes, sem limite de valor.

O texto foi aprovado após receber emenda substitutiva, realizada pelos vereadores Elias Vaz (PSB), Lucas Kitão (PSL) e Jorge Kajuru (PRP), para impedir que dívidas acima do R$ 500 mil participem do programa. Apesar disso, o vereador Wellington Peixoto (PMDB) anunciou que entrará com uma emenda na Comissão, com o intuito de permitir que os inadimplentes com débitos acima de R$ 500 mil poderão usufruir da redução de juros. A única condição seria o pagamento da dívida à vista.

Jorge Kajuru anunciou, na semana passada, que tinha acesso e estudava uma lista com os nomes dos maiores devedores de impostos municipais, requerida pela vereadora Cristina Lopes (PSDB). Entre os nomes, estavam bancos, construtoras, imobiliárias e órgãos do governo estadual.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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