Secretário pede demissão por causa dos atrasos no pagamento de servidores do Rio de Janeiro

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Pedro Fernandes, pediu demissão do cargo. Ele justificou a medida ao atraso no pagamento de servidores de sua pasta. Desde 2015, o governo do Rio de Janeiro tem enfrentado problemas para pagar em dia os servidores estaduais, em razão da crise orçamentária pública.

O estado adotou um calendário diferenciado, em que prioriza o pagamento de servidores de algumas secretarias, como a da Saúde, da Educação e de Segurança e Administração Penitenciária. Os funcionários das demais pastas recebem dias depois, muitas vezes de forma parcelada.

A questão, segundo Fernandes, é que sua secretaria também tem professores – da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da rede de escolas técnicas Faetec – e médicos do Hospital Universitário Pedro Ernesto. “A gente não aceita essa diferença de tratamento porque os professores da Secretaria de Educação não são mais importantes do que os professores da Uerj e da Faetec. O médico e o enfermeiro da Secretaria de Saúde não são mais importantes do que os médicos e enfermeiros do Hospital Pedro Ernesto”, disse.

Segundo o secretário, ocorrem conversas com o governador Luiz Fernando Pezão há algum tempo e, inclusive, ele disse que já ameaçou se demitir se a situação não mudasse. Fernandes disse que ficará no cargo até que um novo secretário seja escolhido.

Como ele tem um mandato de deputado estadual, voltará à Assembleia Legislativa. Ao assumir de novo o mandato, disse que proporá uma lei para evitar que funcionários da mesma área tenham tratamento diferenciado, independentemente da secretaria a que estejam subordinados.

O governo do Rio de Janeiro informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre a demissão do secretário.

Fonte: Agência Brasil

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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