Réveillon do Rio é cancelado

Réveillon do Rio é cancelado

Eduardo Paes anunciou na manhã deste sábado (4) em suas redes sociais o cancelamento do réveillon 2021 do Rio de Janeiro. No comunicado o prefeito da capital carioca afirmou que o estado respeita a ciência.

“Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O comitê da prefeitura diz que pode. O do estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio”, afirmou Paes.

Segundo o prefeito ele tomou a decisão com tristeza, mas que não tem como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. “Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo tempo para preparação”, declarou.

Na quinta-feira (2), a prefeitura do Rio de Janeiro ampliou o passaporte da vacinação para acessar diversos estabelecimentos como restaurantes, bares, hotéis e salões de beleza. O estado do Rio de Janeiro não tem registros de morte por covid há quatro dias consecutivos.

Locais que exigem o passaporte de vacina no Rio de Janeiro

  • Bares, lanchonetes, restaurantes e refeitórios (áreas internas e cobertas)
  • Boates, casas de espetáculos, festas e eventos em geral
  • Hotéis, pousadas e aluguel por temporada
  • Salões de beleza e centros de estética
  • Academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes e vilas olímpicas (já era exigido)
  • Estádios e ginásios esportivos (já era exigido)
  • Cinemas, teatros, salas de concertos, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação (já era exigido)
  • Museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações em drive-in (já era exigido)
  • Conferências, convenções e feiras comerciais (já era exigido).

 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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