Condenação de Lula é uma evidente manifestação política, diz líder do PT

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), considera que a decisão do juiz federal Sergio Moro de condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão nesta quarta-feira, 12, é “uma evidente manifestação política”. Ele estranhou o fato de a sentença ter sido divulgada no dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) começa a discutir a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.

“O que se quer é excluir Lula das próximas eleições. É uma decisão política que tem que ter o repúdio da população, porque atropela o devido processo legal”, declarou Zarattini. O petista avaliou que a sentença levou em conta apenas o depoimento de Léo Pinheiro, dono da construtora OAS, que afirmou em depoimento que o apartamento era de Lula, e excluiu as outras testemunhas. Ele também avalia que a sentença não apresentou provas factuais de que Lula é, de fato, dono do tríplex.

“Esta é uma condenação feita por um juiz que participou da investigação e da denúncia, estava evidente que ele ia fazer isso”, disse.

Durante a sessão da CCJ para debater a denúncia contra Temer, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) manifestou solidariedade a Lula, por quem disse sentir “profundo respeito e admiração”. Ela classificou Lula como “o maior líder popular da história desse País”. Essa condenação será revertida porque não há qualquer prova. Lula voltará eleito pelo povo das urnas desse País.”

Já o deputado Wladimir Costa (SD-PA) comemorou a condenação. “Finalmente ele (Lula) deverá ter as suas madeixas, seus cabelos raspados, deverá ser conduzido algemado para o cárcere lá na Papuda para cumprir a sua pena. É só a primeira condenação diante de todas que ainda virão”, afirmou.

As informações são do Estadão

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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