Em mais uma audiência pública, novo Plano Diretor de Goiânia é criticado

Discussão Plano Diretor de Goiânia

Aconteceu na manhã de hoje (13), a segunda audiência pública para discussão do novo Plano Diretor de Goiânia (PDG). Logo de início, a relatora do projeto, vereadora Sabrina Garcez (PSD), diz sobre a necessidade de focar nas discussões do texto e não no procedimento, isso porque a Casa tem recebido muitas críticas em relação a celeridade da tramitação da proposta. A próxima audiência está marcada para próxima quarta-feira (16), às 18h30.

Estiveram presentes os vereadores Clécio Alves (MDB), Mauro Rubem (PT), Anderson Bokão (DEM), Lucíula do Recanto (PSD), Edgar Duarte (MDB), Pedro Azulão Júnior (PSB), Leandro Sena (Republicanos), Pastor Wilson (MDB), Izídio Alves (MDB), Joãozinho Guimarães (Solidariedade), o presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (MDB) e Sabrina Garcez (PSD). Além dos parlamentares, representantes de associações de bairro e da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh) participaram das discussões.

Plano Diretor em debate

Dentre os pontos levantados, foi inevitável o debate sobre a tramitação da proposta, apesar do pedido no início. Representantes do setor Jaó e Sul destacaram o desrespeito ao Estatuto da Cidade, que prevê necessidade de ampla publicidade das discussões com, ao menos 15 dias de antecedência.

As maiores preocupações desses representantes estão na verticalização e adensamento dos bairros. Adriana Reis, presidente da Associação Amo Jaó, afirma que os moradores se opõem a construções de prédios na rua da Divisa, já que esta é cercada por proteção ambiental (APP). Sabrina Garcez, em resposta, garantiu que não haverá essa verticalização e que a rua passará apenas por um alargamento para que o trânsito flua melhor.

O vereador Mauro Rubem (PT), contrário a proposta, destaca que o maior interesse na aprovação do PDG é dos “muito ricos da cidade”, fazendo referência ao capital imobiliário. O parlamentar defende ainda que é necessário cerca de vinte audiências públicas, em regiões diferentes da cidade, antes que o projeto vá para a última votação.  Por outro lado, o vice-presidente da Casa e da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), vereador Clécio Alves (MDB), defende a tramitação do projeto afirmando que a matéria já esta “calejada de tanto ser discutida”.

Trânsito

O representante da Seplanh, Jonas Henrique, afirmou que o BR-T, em construção em Goiânia, é uma das maiores obras para estimular esse o transporte público e que haverá ainda um Plano de Mobilidade para a melhoria desse tipo de transporte. Esse estudo será feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). O projeto, ainda sem data para ser feito, deverá ser entregue na Câmara para votação.

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Datafolha: 62% dos brasileiros se opõem à anistia para golpistas do 8/1

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8/1

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, revelou que 62% dos brasileiros são contrários à concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esses atos envolveram a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi conduzida após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), por envolvimento na conspiração que levou aos eventos de 2022. A rejeição à anistia é clara, refletindo a opinião majoritária da população brasileira sobre o assunto.

Os dados da pesquisa indicam que a oposição à anistia é significativa, com 62% dos entrevistados expressando sua discordância. Essa posição é compartilhada por uma ampla gama de segmentos da sociedade, embora haja variações nos níveis de apoio e rejeição entre diferentes grupos.

Veja os números:

  • Contra: 62% (eram 63% em março);
  • A favor: 33% (eram 31%);
  • Não sabem: 5% (eram 4%);
  • Indiferente: 1% (era 2%)

Apoio à Anistia

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos apoiadores a anistia são homens, com 37%, enquanto 29% das mulheres entrevistadas defendem a medida. Já 64% das mulheres são contra a anistia, e 59% defendem punição para os participantes do 8/1.

Em relação ao apoio a políticos, quem declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 defende em sua maioria o perdão aos golpistas: 45%. Já 72% dos que declararam voto no presidente Lula (PT) na última eleição presidencial são contra a anistia.

Já em relação a classe de trabalho, os funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%) são os grupos sociais que mais defendem a punição.

Os mais favoráveis à anistia são os assalariados sem registro (38%), empresários (37%), evangélicos (37%) e pessoas de 35 a 44 anos (36%).

O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios do Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro, com entrevistados de idade entre 16 anos ou mais.

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