Haiti: Explosão de caminhão-tanque deixa 61 mortos e 100 feridos

Haiti

A explosão de um caminhão-tanque com combustível deixou ao menos 61 mortos e 100 feridos, no norte do Haiti. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pela prefeitura de Cap-Haitien, a segunda maior cidade do país. Segundo autoridades, ao menos 15 dos feridos foram transportados em voos para outras cidades em busca de tratamentos.

A explosão ocorreu na noite de segunda-feira passada, quando cerca de cem pessoas saqueavam o veículo, que havia se envolvido em um acidente em Pont Grand Bois et Samarie, um bairro no centro de Cap-Haitien.

O elevado número de feridos tem sobrecarregado os centros médicos da cidade e o governo anunciou que hospitais de campanha serão criados. Diversos feridos estão sendo tratados no chão de hospitais devido à falta de leitos, segundo imagens que rodam a internet.

Problemas com fornecimento de combustível

O acidente ocorre no momento em que o país enfrenta uma crise de abastecimento de combustíveis, que foram desencadeados em outro passado pela ação de grupos armados.

A escassez levou a um comércio ilegal generalizado e transformou o combustível em um bem precioso, com preços que subiram nas estações de serviço como o mercado clandestino. Na semana passada, o governo haitiano anunciou o aumento acentuado no preço derivado do petróleo, variando entre 24% para a gasolina e 108% para o diesel.

Essa é uma das crises mais graves da última década, que se tornou maior ainda após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em 7 de julho.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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