Dirigentes do PT em Goiás dizem que condenação de Lula é “injusta”

A presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em Goiânia, a deputada estadual Adriana Accorsi, divulgou nota em que afirma que condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do triplex foi “injusta”, desprovida de provas e “baseada somente em convicções e delações, sem nenhuma confirmação verdadeira”.

Accorsi também asseverou que confia na inocência de Lula e presta solidariedade a ele. “O Partido dos Trabalhadores defende a inocência de Lula, é solidário ao nosso grande líder e seus familiares”, diz a nota.

Para a presidente do diretório goianiense, a condenação do petista tem a finalidade de impedi-lo de disputar a presidência da República em 2018. “Demonstra as cruéis intenções do golpe perpetrado no Brasil, destruir direitos e garantias do povo trabalhador e impedir de retornar ao comando do País a única pessoa que poderia reverter a escalada de extinção dos direitos socais”, alega Accorsi.

A presidente do PT de Goiás, Kátia Maria, também em nota divulgada à imprensa, destacou que o partido espera a reversão da sentença no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. “Cabe agora as instâncias superiores fazer valer os princípios jurídicos e mostrar que ainda estamos numa democracia”, disse a presidente regional. “Essa decisão do juiz Moro deve ser derrubada em segunda instância”, completou

Confira abaixo a íntegra da nota da deputada estadual:

“O ex -presidente Lula é a maior liderança da classe trabalhadora brasileira, responsável por retirar milhões da miséria, e por ações que promoveram efetivamente a inclusão social e a redução das desigualdades no País.

Sua condenação, sem provas, baseada somente em convicções e delações sem qualquer confirmação verdadeira, um dia após a aprovação da destruição da legislação trabalhista brasileira, demonstra as cruéis intenções do golpe perpetrado no Brasil, destruir direitos e garantias do povo trabalhador, e impedir de retornar ao comando do País a única pessoa que poderia reverter a escalada de extinção dos direitos sociais e o corte nos investimentos em saúde e educação, bem como impedir a entrega de nossa economia ao grande capital estrangeiro.

A sentença é injusta e destoa das provas produzidas na investigação, e temos esperança que será reformada no tribunal pois neste País ainda temos uma constituição que deve ser respeitada.

O Partido dos Trabalhadores defende a inocência de Lula, é solidário a nosso grande líder e seus familiares, e sobretudo, segue firme na defesa intransigente da democracia e da classe trabalhadora!”

Veja a nota da presidente estadual do PT, Kátia Maria, na íntegra:

“O Brasil que queremos para os brasileiros e brasileiras não é o que o golpe nos trouxe. A Lava Jato é apenas um de seus instrumentos para enfraquecer a democracia e interromper o ciclo virtuoso de políticas sociais implantadas pelo Partido dos Trabalhadores. O Lula não está sendo julgado por crimes, mas pelo governo exitoso que realizou e mudou para melhor a vida do povo brasileiro.

Essa decisão do juiz Moro deve ser derrubada em segunda instância, posto que se baseou em evidências e não conseguiu se amparar em provas, mostrando sua vertente política para inviabilizar o presidente Lula para as eleições de 2018.

Cabe agora as instâncias superiores fazer valer os princípios jurídicos e mostrar que ainda estamos numa democracia.

Com a nossa militância e os movimentos populares, vamos resistir e manifestar nossa indignação. Não vão conseguir impedir a retomada do nosso projeto para o Brasil. Será Lula de novo com a força do povo!”

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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