No Brasil milionários sofrem com falta de jatinhos e pobres com falta de comida

Enquanto milhões de brasileiros sofrem por falta de comida no prato, milionários estão lamentando a falta de disponibilidade de jatinhos.  De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a falta desse tipo de avião tem irritado os super ricos. O motivo das maiores empresas de aluguel o setor recusarem as solicitações é a grande demanda de última hora.

“Somos uma empresa de táxi aéreo e, em geral conseguimos organizar um voo em 40 minutos, mas desde o mês passado, estamos tendo que negar pedidos de viagens feitos sem antecedência”, explica a executiva de operações da Líder Táxi Aéreo, Junia Hermont. A situação é a mesma das empresas Flapper e TAM Aviação Executiva. Segundo ela, o serviço da empresa teve 15% de aumento na solicitação.

O frete de um avião a jato de táxi aéreo custa entre R$ 21 mil e R$ 100 mil. Os jatinhos têm velocidades próximas ou mesmo bem acima da velocidade do som, que é de 343 metros por segundo. Os aviões a jato geralmente cruzam mais rápido do que cerca de 273 metros por segundo em altitudes de cerca de 10 mil a 15 mil metros ou mais.

Um relatório conjunto publicado em 2018 pelas empresas Wealth-X e VistaJet aponta que o patrimônio médio de quem tem um jato executivo é de US$ 1,5 bilhão (R$ 5 bilhões).

Piora da pobreza no governo Bolsonaro

De acordo com um levantamento publicado em agosto deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quase 85 milhões de brasileiros passam fome ou algum grau de insegurança alimentar. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) aponta que o montante corresponde a cerca de 41% da população brasileira, mas os números referem-se ao período entre 2017 e 2018. Considerando os efeitos socioeconômicos da pandemia, os dados podem ser ainda mais assustadores.

Para a historiadora e pesquisadora da Universidade de São Paulo, Denise De Sordi, o processo vivido atualmente no País é uma involução das políticas sociais. Ela considera o Auxílio Brasil uma síntese de ações de desmanche do governo de Jair Bolsonaro, como as reformas trabalhista e previdenciária e o fim da política de valorização do salário mínimo, além de outras medidas.

“Tem um foco completamente voltado para ações individuais, retoma essa ideia de que um suposto desenvolvimento econômico, de recuperação que estava prometida e não estamos vendo. Essa política é parecida com o que tínhamos no início dos anos 1990. Estamos em um processo de desregulamentação dos direitos trabalhistas e também de aceleração do empobrecimento da população pela não geração de empregos e porque o Estado está em completo desmonte. É um curto circuito geral de todas as referências que tínhamos para pensar o desenvolvimento social do país”, lamenta.

“Guerras empobrecem”

Durante uma coletiva de fim de ano ontem, sexta (17), o ministro da Economia Paulo Guedes reconheceu o aumento da pobreza no Brasil pela primeira vez, porém atribui o problema ao combate à covid e à situação econômica mundial. Ele acredita estar cumprindo com seu trabalho e defende que o atual momento é delicado.

“Alguns vão dizer que o Brasil está mais pobre. Sim, guerras empobrecem. O mundo todo ficou mais pobre. Inflação também está alta na Alemanha, Estados Unidos e China. É culpa do governo Bolsonaro? Falam que governo A ou B perderam menos empregos, mas algum outro governo enfrentou a covid? Então não podemos comparar”, pontuou.

 

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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