Coreia do Norte proíbe sinais de alegria durante 11 dias

Coreia do Norte

A Coreia do Norte proibiu durante 11 dias demonstrações de felicidade por parte da população em razão ao 10º aniversário de morte do ex-ditador Kim Jong-il, pai do atual ditador Kim Jong-un.

A medida inclui a proibição explícita de demonstração de alegria ou de consumir bebida alcoólica durante o período de luto. Na sexta-feira (17), data que marca exatamente a morte de Kim Jong-il, os norte-coreanos foram impedidos até mesmo de fazer compras.

O pai do atual ditador da Coreia do Norte teria morrido após um infarto a bordo de seu trem particular, na manhã do dia 17 de dezembro de 2011.

Uma década com Kim Jong-un

Aos 37 anos, o ditador Kim Jong-un completa uma década no comando do país asiático, e as comemorações têm apelos nacionalistas por maior da lealdade pública ao regime. O foco do ditador, no entanto, pode está mais voltado a necessidade de tirar o país das dificuldades econômicas enfrentas principalmente por conta da pandemia da Covid-19.

“A recuperação e a modernização econômica será o maior desafio no futuro, mas ele provavelmente encontrará maneiras de promover escudos políticos para quaisquer deficiências e, assim, imputar um maior senso de responsabilidade e patriotismo no povo para que trabalhe com mais afinco”, diz a analista de segurança do Centro para um Nova Segurança Americana, Duyeon Kim.

A última década com Kim no poder acabou surpreendendo muitos especialistas que acreditavam que o rapaz era muito jovem e inexperiente para liderar com uma nação cheia de desafios como a Coreia do Norte.

Kim foi o primeiro ditador a se reunir com o então presidente americano Donald Trump em 2018 e também o primeiro líder norte-americano a cruzar a fronteira para encontrar-se com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, desde o início da Guerra da Coreia.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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