Policiais envolvidos em morte de carroceiro em SP são afastados de atividades

Cinco policiais militares que participaram do assassinato do carroceiro Ricardo Silva Nascimento, de 39 anos, na noite de ontem (12), foram afastados hoje de suas atividades nas ruas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), dois policiais que faziam o policiamento ostensivo a pé no local do crime e três agentes da Força Tática que prestaram apoio foram recolhidos ao serviço administrativo.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o carroceiro foi morto por um dos policiais militares que fazia o patrulhamento a pé na noite de ontem, no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Segundo o boletim de ocorrência, o policial José Marques Madalhano atirou duas vezes em Ricardo após ser ameaçado pelo carroceiro com um pedaço de pau. De acordo com o registro, o militar atirou “para se defender”. Segundo testemunhas, a ação do carroceiro não representou ameça à vida do policial.

O 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (3º BPM/M) instaurou inquérito para investigar as circunstâncias da morte do carroceiro. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil também instaurou inquérito e, segundo a SSP, ouviu testemunhas e encaminhou a arma do PM envolvido na ocorrência para perícia. A polícia deverá ainda analisar imagens de câmeras da segurança da região.

O corpo de Ricardo Silva Nascimento foi necropsiado no Instituto Médico Legal (IML) central e liberado para a família.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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