Os casos de violência contra a mulher seguem altos em Goiás. Segundo o Batalhão Maria da Penha da Polícia Militar, de janeiro a novembro de 2021 foram registrados 7.590 casos de violência em Goiânia, enquanto que no estado, 21.090 mulheres vítimas de violência domestica foram atendidas pelo batalhão. Entre as ocorrências estão o acompanhamento, apoio a oficial de justiça para retirada de bens, afastamento do lar e descumprimento de medida protetiva.
Na tarde desta quinta-feira (30/12), inclusive, a corporação se deslocou até o bairro Sitio Recreio do Ipê, em Goiânia, após uma denúncia de uma mulher que estaria sendo agredida pelo marido. Ao chegar no local, o batalhão realizou buscas na residência da vítima e localizou uma Pistola Cal .9mm e um rifle Cal .22, além de munições. O armamento é de propriedade do suspeito de agredir a mulher que fugiu e não foi localizado até o momento.
Cresce índice de violência
No entanto, dados da Secretária de Segurança Publica do Estado de Goiás (SSP) apresentam números ainda mais alarmantes. Nos primeiros nove meses de 2021, de acordo com a SSP, houve aumento em todas as áreas de violência contra a mulher, exceto no quesito estupro que registrou uma redução de 12,9%. Entretanto, crimes como feminicídio (aumento de 12,9%), ameaça (aumento de 17,1%), lesão corporal (aumento de 0,9%) e crimes contra a honra, como calunia difamação e injuria (aumento de 11,8%) chamam a atenção.
Em um âmbito geral, somando todas as áreas, de janeiro a setembro de 2020, a SSP registrou 25.563 ocorrências, enquanto que em 2021, no mesmo período, foram contabilizados 28.233 casos de violência contra a mulher. Ou seja, um aumento de 10,4%. O crime de ameaça foi o mais registrado, com 12,205 denúncias este ano, seguindo pela crime de lesão corporal (7.930), crimes contra a honra (7.867), estupro (195) e feminicídio (35).
Feminicídio Aparecida
Um dos casos de feminicídio que mais chamaram a atenção em 2021 foi o da manicure Arlete Almeida Silva, de 33 anos, que foi morta a tiros, em Aparecida de Goiânia, no dia 3 de novembro. A mulher foi atingida por dois disparos de uma pistola, sendo um na nuca e outro na perna direita. O crime foi cometido pelo até então companheiro, Francivaldo Alves Braz, de 46 anos.
O casal estava discutindo e havia acabado de chegar na casa de um amigo, no setor Chácara Mansões Rosas de Ouro, quando Francisvaldo sacou a arma é efetuou os disparos contra Arlete. A mulher morreu ainda na casa, antes da chegada da equipe de socorro. Ela deixou quatro filhos, sendo que o mais novo tem 8 anos.