Em 2021 Bolsonaro contou sete mentiras por dia, afirma levantamento

Em 2021 Bolsonaro contou sete mentiras por dia, afirma levantamento

Segundo um levantamento feito pela agência de checagem Aos Fatos, o presidente Jair Bolsonaro contou em 2021 sete mentiras por dia. As informações foram divulgadas pelo site Congresso em Foco.

O levantamento apontou que as fake news ou dados distorcidos usados pelo chefe do do executivo ficaram muito  acima da média inverdades diárias ditas por ele nos anos anteriores. Segundo a agência de checagem, 606 declarações feitas pelo presidente ao longo de 2019, ano em que tomou posse, foram classificadas como falsas ou distorcidas, uma média de 1,6 mentiras por dia.

Já segundo o levantamento, no ano de 2020, esse número subiu para 1.529, cerca de 4,36 por cada dia do ano, em 2021 foram registradas 2.516 falas mentirosas e distorcidas, fazendo com que a média de inverdades fosse elevada para 6,9.

“Mais da metade destas mentiras e meias-verdades foram sobre covid-19, com 1.278 declarações de Bolsonaro entre janeiro e dezembro sem avaliação na realidade. Desde o início da pandemia, já são 2.183 manifestações do tipo sem acordo com a realidade”, destacou o levantamento. O levantamento também mostrou 145 mentiras relacionadas às eleições.

Bolsonaro também mentiu sobre o desempenho da economia do país, e uma das principais mentiras ditas pelo presidente foi que o país criou mais empregos formais em 2020 do que no ano anterior. No final de 2020 após uma revisão de dados  do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) apontou que no lugar de criação de novos empregos, o país havia perdido 191.500 vagas de carteira assinada.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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