Meirelles diz que saque do FGTS ajuda a diminuir tamanho do Estado

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (14) que a permissão para o saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajudará a diminuir o tamanho do Estado, ou seja, a interferência do Poder Público na economia. Meirelles deu a declaração no Palácio do Planalto, durante anúncio do calendário de saques do FGTS.

“[As medidas] estão inseridas em um processo maior, que é o de diminuição do tamanho do Estado, em benefício da alocação de mais recursos para a sociedade brasileira”, afirmou o ministro. Segundo Meiirelles, o objetivo do governo é uma política econômica que gere mais e renda. “Podemos discutir os meios de chegar lá. Mas o objetivo final é esse.”

De acordo com Meirelles, o saque ajudará na recuperação da economia. “O trabalhador poderá sacar recursos que permitem a cada um consumir, poupar, investir. Outra forma de beneficiar é o pagamento de dívida, outra forma de alavancar a economia. O endividamento das famílias e pessoas é o maior impeditivo para um crescimento mais rápido”, comentou.

Crescimento do PIB

O ministro fez referência também às projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) em 2017. Oficialmente, a equipe econômica mantém a previsão de crescimento de 1% do PIB para este ano. O mercado financeiro, no entanto, estima alta menor, de 0,5%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 0,2% e a Organização das Nações Unidas (ONU),  0,6%.

“Temos perspectiva de crescimento [do PIB] neste trimestre para o ano de 2017 . A média de 2017 contra 2016 é um número menor porque partimos de uma base muito baixa”, acrescentou.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que, com a autorização do saque das contas inativas, o governo demonstra “atos concretos” em favor do trabalhador. Ele citou outras medidas, como a extensão do prazo do saque do abono salarial de 2016 e o plano de reforma da legislação trabalhista, anunciado no fim do ano passado. “Isso mostra sintonia com a sociedade.”

O calendário de saques de contas inativas do FGTS começa em 10 de março e vai até julho. Pode sacar os recursos quem tem contas inativadas até 31 de dezembro de 2015.

Fonte: Agência Brasil.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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