Sindicato organiza protesto no Paço Municipal, após demolição de pit-dog em Goiânia

O Sindicato dos Proprietários de Pit-Dogs (SindPit-dog) anunciou um protesto na porta do Paço Municipal, marcado para esta quinta-feira (6), às 10h. Segundo a divulgação em redes sociais, o objetivo é se manifestar contra a “desocupação arbitrária” do pit-dog demolido pela prefeitura de Goiânia, na quarta-feira (5).

O pit-dog Rooma funcionava há mais de 15 anos, no setor Urias Magalhães. No entanto, a área foi doada ao Atlético Clube Goianiense (ACG). A demolição, feita pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), causou prejuízo estimado de R$ 100 mil. De acordo com o SindPit-dog, a sanduicheria empregava 15 pessoas.

“Nós queremos que a prefeitura devolva o pit-dog que eles destruíram, que a prefeitura arrume um local para ele funcionar. Só as ferragens destruídas custam entre R$ 70 e R$ 80 mil ”, afirmou Ademildo Godoy, presidente do SindPit-dog, Ademildo Godoy.

“A gente quer que eles liberem outro lugar que foi prometido”, afirma o dono da Rooma sanduicheria, Paulo Henrique Sousa Silva. Ele é proprietário do comércio junto com a esposa. O casal tem uma filha de quatro anos de idade.

Imagem: Reprodução/Instagram

Posicionamento da prefeitura

Em nota, a prefeitura de Goiânia afirmou que o estabelecimento estava irregular desde 2009 e que a demolição aconteceu “na forma da lei e após notificação dos proprietários, realizada em abril de 2021”. Segundo a prefeitura, o pit-dog pediu a dilação do prazo, em 60 dias, para sair do local. No entanto, ainda segundo a prefeitura, a Rooma não cumpriu o  tempo de desocupação.

“Como não houve o cumprimento dos prazos estipulados, se passando ainda muito mais tempo que o previsto, a desobstrução foi realizada por servidores do município conforme procedimento padrão de atuação. Todos os bens removíveis que estavam no local foram entregues aos proprietários”, informa a nota da prefeitura.

Sindicato dos proprietários de pit-dogs

No entanto, o SindPit-dog afirma que o proprietário da Rooma tentou transferência para outro local, desde maio de 2021, tendo formalizado processo na prefeitura. Segundo o sindicato, houve três propostas de novos locais feitos à prefeitura.

“A primeira proposta foi para transferir o pit-dog para outro local dentro da área onde este se encontrava, para um espaço que não atrapalhasse uma possível revitalização da área, proposta essa negada. Na segunda proposta, feita ainda em maio de 2021, o proprietário pediu para transferir o pit-dog para a região da Praça do Violeiro, contudo, mais uma vez teve o pedido negado. Por último, em julho de 2021, o proprietário pediu para transferir o pit-dog para uma área pública na Av. Goiás, próximo ao cruzamento com a Av. Perimetral Norte, pedido esse sem resposta desde então”, afirma a nota do SindPit-dog.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit-Dogs, na terceira tentativa de realocar o estabelecimento, não houve retorno da prefeitura autorizando o funcionamento, o que impossibilitava as ligações de água ou luz no local.

“Nós temos o protocolo que foi feito junto à prefeitura, a prova de que ele quis mudar de local. O processo foi feito”, afirma Godoy.

Assista ao vídeo da desocupação:

 

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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