A quinta pessoa suspeita de participar do sequestro e assassinato do cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, de 40 anos, foi presa em um apartamento no Setor Bueno, em Goiânia. Trata-se da amante da esposa de Luiz, de 38 anos. Nesse sentido, segundo as investigações, a mulher, de 33 anos, encomendou o crime contra o próprio marido, para conseguir a indenização do seguro de vida. Luiz Fernando era titular do Cartório de Registro de Imóveis de Rubiataba e foi encontrado morto no dia 28 de dezembro.
A prisão aconteceu nesta quarta-feira e a cúmplice foi também alvo de busca e apreensão. Além disso, outros quatro suspeitos estão detidos: a esposa da vítima, que teria encomendado o crime, dois homens apontados como executores e um terceiro acusado de fornecer a arma usada no assassinato. A Polícia Civil busca ainda Luzimar Francisco Neto que, segundo as investigações, foi contratado pela esposa para negociar com os executores e o fornecedor da pistola 380, usada para matar o cartorário.
Assassinato do cartorário
No dia 28 de dezembro, a polícia encontrou o corpo de Luiz Fernando em um canavial a cerca de 20 km de Rubiataba, sentido Rio Verde. Conforme as investigações, os criminosos receberam os controles dos portões da casa da vítima, entraram, amordaçaram e amarraram o cartorário. Em seguida, usando o carro de Luiz, o levaram até a mata para cometer o assassinato. Segundo a Polícia Civil, os homens efetuaram 17 disparos, sendo que 7 atingiram o cartorário.
O cartorário e a esposa têm três filhos. Uma menina de cinco anos e um casal de gêmeos de três anos. Eles se casaram em 2012 e, segundo relataram funcionárias da casa à polícia, tinham brigas pontuais. No momento do crime, a vítima estava sozinha em casa.
“As crianças teriam ido com a mãe para a igreja. Pelo que temos de informação, ela nunca ia à igreja e, justo em um dos dias em que o marido teria curso para o concurso que prestava, ela inventou esta história”, explica o delegado Marcos Adorno, responsável pela investigação.
Conforme apontaram as investigações, os dois executores confessaram o assassinato. Além disso, apontaram os mandantes e disseram que alguém “lá de dentro” havia entregado os controles dos portões da residência da vítima a eles.