Mais de 600 detentos das unidades prisionais de Goiás fazem prova do Enem

Unidades prisionais do Estado de Goiás receberam, neste domingo (09), a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa. No total, 611 presos realizaram a prova em 39 unidades. Entre elas, destaca-se a Unidade Prisional Regional (UPR) de Anápolis, com 115 presos inscritos.

Um levantamento feito pela Gerência de Educação da Diretoria-Geral da Administração Penitenciária (DGAP) mostra que houve um aumento de 60% no número de inscritos. Em 2020, 382 detentos realizaram as provas.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia o desempenho escolar de estudantes ao término do ensino médio e tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no país, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Instituições de ensino superior públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem como parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As provas são aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é que a aplicação ocorre dentro de unidades prisionais indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional de cada estado.

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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