Nível do Rio Vermelho está normalizado, mas monitoramento continua na Cidade de Goiás

Imagens do Rio Vermelho, tanto no trecho que passa dentro da Cidade de Goiás, quanto na área rural, circulam nas redes sociais e mostram o volume atípico de água nos últimos dois dias, após chuvas. Segundo os bombeiros e a prefeitura, o volume do rio está normalizado, mas continua sendo monitorado. No fim de semana, o nível subiu 25 cm na área urbana, sendo que o alerta para isolamento da área é dado com 50 cm de aumento, de acordo com o secretário de meio ambiente do município, Lucas Clementino dos Santos.

Segundo a prefeitura, imagens de inundações em Minas Gerais circularam na internet como se fossem da cidade de Goiás. De acordo com a gestão municipal, são fake news. Neste domingo (9), o governador Ronaldo Caiado foi ao município e, em um vídeo ao lado do prefeito, Aderson Gouvea, afirmou que algumas estradas tiveram problemas, mas que o Rio Vermelho continua dentro da caixa, sem provocar inundações.

O secretário Lucas Clementino confirma que, na manhã desta segunda-feira (10), o nível do rio se mantém na normalidade. No entanto, reconhece que as chuvas ultrapassaram o esperado.

“Há muito anos não temos tanta chuva no município. Nesse início de 2022 estamos até preocupados porque o volume de chuva está relativamente grande. A chuva era esperada, o que surpreendeu foi essa quantidade” afirma o secretário de meio ambiente do município.

Continuou chovendo, nesta segunda-feira, na cidade e a previsão é de 30 mm ao longo de todo o dia, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (CIMEHGO).

Distrito

Em Colônia de Uvá, distrito da Cidade de Goiás, o rio Uvá subiu significativamente nos últimos dias. No entanto, segundo o Corpo de Bombeiros, não houve nenhuma ocorrência na região. De acordo com o secretário de meio ambiente do município, a água não chegou a atingir casas.

“O distrito de Uvá também está em estado de alerta. A água do rio subiu bastante, nunca tinha subido dessa forma. Tiveram duas notificações de aumento do volume, mas em uma área próxima do rio mesmo, Área de Preservação Permanente (APP), a cerca de 10 metros do leito. Não houve casos de moradores afetados”, afirma o secretário.

Plano de emergência da Cidade de Goiás

O nível do rio é monitorado. Na parte de cima da Cidade de Goiás, fora da área urbana, uma régua mensura o volume do Rio Vermelho, que também é acompanhado na área urbana. O trabalho é feito pelo Corpo de Bombeiros.

“Acompanhamos o nível do rio para o caso de precisar avisar o pessoal para desocupar. Mas tem muito tempo que isso não acontece. Quando chove, ficamos posicionados orientando a população”, afirma o capitão Robledo.

Sobre o plano de contingência para caso de inundação, tendo em vista que a cidade é tombada como patrimônio cultural mundial e um ponto turístico, o secretário de meio ambiente disse que a ação é o acionamento do corpo de bombeiros, para retirar a população da área. Segundo a prefeitura, há uma sirene para casos de emergência. Vêm sendo feitas orientações a hotéis e pousadas para evacuação em caso de necessidade, segundo o secretário. Em caso de emergência, algumas medidas são preestabelecidas.

“Temos a possibilidade de fazer um remanejamento das pessoas para outro acesso bem acima do leito do rio, caso ele suba. As vias do entorno são isoladas para que não haja acesso de veículos. Existe um plano para isolamento da área ao redor do rio e das quatro pontes que ficam no trecho do Centro Histórico”, afirma o secretário.

Atividade agropecuária

Lucas Clementino explica ainda que a caixa do rio é pequena, no trecho de cerca de 2 km que passa dentro da cidade. O Rio Vermelho recebe muita água de outros córregos que o abastecem. Na área urbanizada, existe risco de força da correnteza muito grande, por conta de trombas d’água. No entanto, segundo o secretário, como o Vermelho nasce no município, existem poucos rios de grande porte que desaguam no trecho anterior à área urbanizada. “Por isso, há uma certa tranquilidade”, argumenta.

Por outro lado, o crescimento da atividade agropecuária, na parte superior da cabeceira do rio, tem impactado a drenagem da água, o que aumenta o risco, inclusive, para a região urbana.

“Mesmo seguindo as legislações ambientais, quando existe muita agropecuária nas cabeceiras de rios, numa chuva intensa, o volume de água vai diretamente para os rios e não é segurado pela vegetação. As áreas de preservação são a faixa de amortecimento para conter a água da chuva”, explica o secretário de meio ambiente.

Questionado sobre o que a prefeitura municipal tem feito para diminuir os impactos da agropecuária, o secretário disse haver fiscalização constante, além de capacitações sobre captação de água – para evitar captação ilegal – e sobre manejo de pastagem e conservação do solo.

 

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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