O Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o tempo recomendado para isolamento de pacientes infectados com covid-19. O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga durante uma entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (10). De acordo com atualização do guia de vigilância epidemiológica para o coronavírus da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento.
Ainda existe uma possibilidade de encurtar o tempo ainda mais. Caso no quinto dia o paciente não apresente nenhum sintoma respiratório, febre e esteja há 24 horas sem usar medicamentos antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de covid-19. Caso o resultado seja negativo, ele também está liberado.
No entanto, se o teste der positivo o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como parâmetros as medidas de isolamento aplicada em países como Estados Unidos e Reino Unido. Na avaliação de Queiroga, a vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de isolamento.
“Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com o que acontece em países como Reino Unido”.
Além disso, o governo também vem se baseando no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da contaminação pela variante Ômicron. “A ômicron tem causado um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o número de óbitos”.