Casos de Covid-19 aumentam 330% em Goiás

Desde o fim de novembro do ano passado, a tendência já era de aumento dos casos de Covid-19 em Goiás. No entanto, problemas de instabilidade na plataforma onde são registrados os casos, gerenciada pelo Ministério da Saúde, faz com que muitos estejam represados. Apesar da dificuldade de entender o real cenário pandêmico, por conta das falhas no sistema, sabe-se que os diagnósticos positivos aumentaram 330% em Goiás, em comparação entre 21 de dezembro e 4 de janeiro, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

De acordo com a pasta, este número é o mais confiável no momento, em relação aos casos no estado. Isto porque, desde 9 de dezembro, quando o Ministério da Saúde informou que sofreu um ataque hacker, o sistema onde são informados os casos vem apresentando instabilidade. Em alguns momentos, os técnicos da saúde não conseguem subir novos registros ou completar todos os detalhes do paciente na planilha – como o dia de início dos sintomas e o desfecho da doença, se foi de cura ou de óbito. Alguns casos podem ser inclusive duplicados, outros nem entram no registro.

“A gente ainda vive um apagão de dados, todos os números são uma tendência. Isto é muito ruim porque vigilância significa ter informação para ação. Não quer dizer que não estejamos agindo porque o sistema de dados está instável, mas acabamos trabalhando com menos informações de qualidade”, explica a superintendente substituta de vigilância em saúde da SES, Cristina Laval.

Dessa forma, o aumento de 330% é uma média móvel. São dados preliminares, mas ainda assim apontam para uma direção de crescimento significativo de pessoas doentes, nas últimas semanas, em Goiás. O agravamento se dá, principalmente, pela chegada da variante ômicron, que se espalha mais rápido.

Instabilidade nos dados de Covid-19

O represamento de dados pode tanto jogar para baixo o número de casos – subnotificando o real cenário da pandemia – quanto notificar um número aquém em um período específico de tempo. Por exemplo, se os dados de uma semana inteira ficam represados, na semana seguinte, quando forem registrados, haverá um aumento explosivo de casos registrados, dando a impressão de que todos aconteceram em uma mesma semana, quando, na verdade, estão distribuídos em duas.

“Os casos de Covid-19 são contabilizados a partir do início dos sintomas do paciente. Na medida em que o sistema vai aceitando novos dados, é possível distribuir os casos pela data certa [de adoecimento e não do dia do registro no sistema]. Dessa forma, estamos percebendo que houve aumento consecutivo de casos nas semanas de dezembro”, explica Laval.

Segundo a superintendente, o Ministério da Saúde informou que o problema no sistema será resolvido até esta sexta-feira (14).

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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