As denúncias de maus-tratos e tortura no sistema prisional de Goiás cresceu 126% no ano passado, segundo dados da Pastoral Carcerária Nacional. Os casos saltaram de 11, em 2020, para 26 em 2021. As queixas relatam agressões físicas e verbais e uso de instrumentos de tortura, spray de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo e bala de borracha. Há ainda registros de violações do direito à visita, falta de assistência à saúde, acesso negado a alimentação e água e incomunicabilidade.
Em nota de repúdio que reúne as assinaturas de mais de 140 organizações de 18 estados brasileiros, a entidade pede uma investigação sobre as denúncias e a exoneração do diretor-geral de Administração Penitenciária do Estado, Josimar Pires Nicolau do Nascimento.
Procurada, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que as denúncias de maus-tratos são apuradas pelo órgão e após todos os procedimentos de apuração ficou constatada a falta de materialidade das provas.