Mulher é presa por usar minissaia em rua da Arábia Saudita

A polícia da Arábia Saudita prendeu uma mulher após um vídeo em que ela aparece andando por uma rua vazia vestindo uma minissaia e um top viralizar na internet, relatou nesta terça-feira (18) a TV estatal da Arábia Saudita, Ekhbariya.

Na imagem, a mulher, cujo nome não foi divulgado, teria caminhado pela vila patrimonial Ushaiqir, a cerca de 200 quilômetros a noroeste da capital Riad, na província de Najd.

Em publicação no Twitter, a emissora afirmou que o caso foi encaminhado para o Ministério Público e a mulher será interrogada por um representante da Justiça, que vai decidir se ela permanecerá detida ou se será aberto um processo. “A polícia de Riad deteve a mulher que apareceu com roupas indecentes em Ushaiqir e a encaminhou para o procurador público”, escreveu a TV.

De acordo com a polícia, a garota admitiu ser ela no vídeo, mas disse que não sabia da repercussão que as imagens tinham causado nas redes sociais. O Comitê para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício pretende adotar as medidas necessárias contra essa “transgressão da ordem moral” e uso de “traje indecente”. Com cultura conservadora, a Arábia Saudita não permite que mulheres andem nas ruas com roupas que não cobrem da cabeça aos pés.

As informações são da Agência ANSA

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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