Cantora tcheca morre após contrair Covid-19 de próposito

Hanka Horka, cantora do grupo tcheco Asonance, morreu no último (16) devido a complicações relacionadas à Covid-19. A artista era contra a vacinação e decidiu se contaminar propositalmente para obter o passaporte de vacinação.

Na República Tcheca, além das pessoas com esquema de vacinação completo, aqueles que já se recuperaram da Covid-19 também têm o direito ao comprovante.

A informações foram compartilhadas pelo filho da cantora, Jan Rek, em uma entrevista à rádio pública tcheca IRozhlas. Rek disse que ele e seu pai, completamente vacinados contra o coronavírus, foram contaminados com a doença no final do ano passado.

“Ao invés de se isolar de nós dois, ela quis ficar em casa normalmente e decidiu que preferia pegar a doença do que se vacinar. Seu primeiro teste PCR deu negativo, mas dias depois o segundo apresentou resultado positivo”, disse Rek à rádio. “Ela confiou mais em estranhos do que na própria família”.

Na última sexta-feira (14), Horka usou as redes sociais para informar sobre sua contaminação, de forma totalmente animada. “Estou contaminada com a variante Delta, mas está tudo ótimo. Terei vida social, com teatro, sauna, cinema e praia”.

De acordo com seu filho, dois dias depois ela começou a se sentir mal e saiu de casa para uma caminhada. Ao retornar, ela reclamou de uma forte dor nas costas e decidiu se deitar. “Ela morreu por asfixia em sua cama poucos minutos depois”, descreve Rek.

O filho da cantora culpou movimentos e personalidades antivacina do país pela morte de sua mãe. Segundo ele, “sabe exatamente quem estava por trás da ideia”. Rek ainda contou que tentou convencer a mãe a se vacinar durante muito tempo, mas ela nunca aceitava.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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